A origem do nome dos doces brasileiros
A origem do nome dos doces brasileiros
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A ideia dessa matéria veio de uma pessoa muito especial que sempre quer saber o porquê das coisas, minha filha!

Porque esses doces levam esses nomes? O que cada um deles quer dizer?

A ideia dessa matéria veio de uma pessoa muito especial que sempre quer saber o porque das coisas, minha filha!

No caminho de volta da escola passamos em uma loja de doces para comprar um docinho chamado “pé de moça”. No meio de tantos outros encontramos nomes interessantes ou um tanto quanto peculiares  como: “maria mole”, “pé de moleque”, entre tantos outros.

Ai surgiu a grande pergunta!

Porque esses doces levam esses nomes? O que cada um deles quer dizer?

Corri atrás para pesquisar, e não que cada um tem mesmo seu significado!

Além disso, a criação destes doces data dos tempos do Brasil império e da escravidão e as origens de seus nomes inunsitados  estão envoltas em divertidas histórias e mitos que valem a pena conhecer; veja:

Pé de moleque
O doce existe desde os tempos do segundo reinado no Brasil e era vendido nos tabuleiros das baianas vestidas a caráter. Não era raro as pobres baianas serem alvo de furto dos moleques que vagavam pelas ruas. Conta-se que diante do furto as baianas diziam “Pede, moleque, pede, moleque” e na boca do povo o nome acabou virando pé de moleque.

A segundo versão da possível origem do nome é mais histórica e faz referência ao calçamento de pedras de regiões como Ouro Preto, Paraty, etc. As pedras eram colocadas no chão pelos escravos e seus filhos as assentavam com os pés. Por isso esse tipo de calçamento é conhecido como pé de moleque e o doce de amendoim, por ter a aparência parecida, pode ter levado esse nome.
A terceira versão diz que o nome do doce se dá por sua aparência ser semelhante à planta do pé dos meninos de rua da época, cheios de calos e bicho geográfico... Nada agradável comparar isto com um doce, né?

Pé de moça
Versão macia e mais delicada do tradicionalíssimo pé-de-moleque, o pé-de-moça  combina a cremosidade do leite condensado à crocância do amendoim tem tudo a ver com o tema e é o tipo de doce que agrada multidões.
Para quem ainda não teve o prazer de experimentar, a textura é bem semelhante a de uma (boa) palha italiana e, de fato, as receitas são parecidas.

Baba de moça
Outro doce que existe desde os tempos do Brasil Império e conta-se que era um dos preferidos da Princesa Isabel. Com clara influência dos típicos doces de ovos portugueses, com os ovos moles, o doce ganhou nome e versão brasileira, que leva leite de coco.
Dessa vez, a origem do nome é um pouco mais óbvia e um tanto degradável. Do mesmo modo que o pé de moleque, comparar um doce à baba de qualquer moça, mesmo da mais bela, não é uma ideia muito boa.

Teta de Nega
A lenda em torno do doce conta que ele foi feito em homenagem à ama de leite da Princesa Isabel. Difícil de imaginar que uma escrava pudesse receber qualquer homenagem, ainda mais naqueles tempos.
Mas o que conta a história é que, quando a pequena Isabel tornou-se a mais nova herdeira e sucessora do trono, ficava feio para a imagem de sua família que ela tivesse uma ama de leite. Foi então que, para acabar com o problema, o bispo mor criou uma bolsa de couro queimado que simulava o seio da ama e armazenava o leite dela.
Anos mais tarde, quando Isabel foi proclamada herdeira do trono, ela encomendou ao mesmo bispo doces e quitutes para comemorar o novo posto. O bispo resolveu fazer um doce que homenageasse seu maravilhoso feito (ou engenhoca) para desmamar a princesa. Foi então que a maria-mole coberta de chocolate foi apelidada de teta de nega.

Maria-mole
O doce, molenga e sem-graça para muitos, segundo a lenda, foi criado por uma escrava chamada Maria para substituir o sorvete. Sim, conta-se que a família real portuguesa tinha o hábito de mandar vir por mar carregamentos de gelo dos Alpes europeus para fazer sorvete. Certa vez, um desses navios não chegou e, para resolver o problema, Maria tentou fazer algo semelhante misturando coco, açúcar, agua e mocotó, o que deu textura gelatinosa ao doce.

Nega maluca
Segundo a lenda, Nega Maluca era uma escrava que não sabia falar português e levou esse nome porque ninguém entendia nada do que ela falava. Certo dia, ela se atrapalhou e derramou chocolate acidentalmente na receita de bolo e acabou criando essa delícia que levou o seu apelido.

Cueca virada
Cueca virada, também conhecida como ceroula virada, calça virada ou orelha de gato, é um doce feito com massa de farinha de trigo e ovos, moldado em tiras trançadas e polvilhadas com açúcar e canela. A forma do “nó” lembra uma roupa íntima masculina do lado avesso, ou então a orelha de um felino, por isso os nomes populares “cueca virada” e “orelha de gato”.

Bicho de pé
À primeira vista, o pensamento automático é a doença causada pelo bicho-de-pé. Mas o termo também se refere a uma comida: um brigadeiro cor-de-rosa feito com gelatina de morango ou pó de sabor morango. O doce tem esse nome porque antigamente era feito com morangos in natura, cujas sementes pretas lembravam a aparência da doença. Os doces de hoje por não serem feitos mais com a fruta in natura não apresentam mais essa aparência.

Unha de gato
O biscoito de farinha de trigo recheado com doce de leite e coberto com chocolate ao leite é feito com bico de confeiteiro, o que confere pequenas ranhuras à massa. O formato do biscoito assado lembra a unha de um felino.

Orelha de padre
Também conhecida como orelha de pau, a orelha de padre é uma espécie de panqueca americana, feita com farinha de trigo. O nome é bastante difundido no Nordeste do Brasil, mas informações sobre a origem do termo são desconhecidas.

Mane pelado
Não é nada do que você está pensando. O “mané pelado” nada mais é que um bolo que mistura mandioca, queijo minas e coco ralado, muito tradicional na região Centro-Oeste do Brasil. Reza a lenda que o bolo homenageia um agricultor que tinha o hábito de colher mandioca sem roupas.

Mineiro de botas
O doce, uma mistura de queijo minas com banana, açúcar e canela, recebeu esse nome por causa dos trabalhadores da mineração de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso, que costumavam juntar os ingredientes.

Lua de mel
Não é a viagem. Lua de mel é um pão doce bem macio, cuja receita varia de acordo com a região do país. Em Curitiba, o preparo é feito com creme de coco e passado no leite condensado. A origem do nome é desconhecida.

Fonte – vix
Texto postado e editado por - Cintia Searby - Personal Organizer
Imagens - Google 

 

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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