Ponte torta comemora revitalização com música em homenagem aos 360 anos
Ponte torta comemora revitalização com música em homenagem aos 360 anos
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Neste domingo dia 13 tem música em comemoração ...

Jundiaienses comemoram recuperação da Ponte Torta 

A entrega da Ponte Torta à comunidade, em evento das 17h às 22h neste domingo (13), em comemoração aos 360 anos do reconhecimento de Jundiaí como vila colonial em 1655, causa boas sensações a moradores que consideram importante para a cidade valorizar sua própria história e identidade.

Muitas delas contribuíram ao longo do projeto Ações de Conservação e Zeladoria da Ponte Torta, lançado em setembro de 2014 e que envolveu tanto a pesquisa técnica de recuperação ou até substituições de tijolos originários do século 19 como a pesquisa de memória social que contou com especialistas e moradores.

Do uso da ponte para a passagem de carroças de banana até o reconhecimento de seu papel como símbolo popular no uso para bebidas, garapas ou blocos carnavalescos, o projeto revelou uma outra camada da cidade que estava oculta atrás do abandono e do isolamento em que a Ponte Torta havia sido colocada.

O projeto implementado pelo prefeito Pedro Bigardi, pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e pelo Estúdio Sarasá, mostrou também que a Ponte Torta, aberta no mesmo de ano de 1888 que marcou a abolição parcial do regime escravo e o início oficial do núcleo da imigração italiana, representou também um marco da transformação urbana, que levaria café, da ferrovia e das tropas de cavalos para a industrialização da então Jundiahy com fortes focos têxtil na Vila Arens e cerâmico na Ponte, marcando a era industrial-operária do século 20.

UMA PONTE À HISTÓRIA

As primeiras pontes são acontecimentos naturais. Troncos caíam das árvores e davam
passagem, permitindo o ir e vir. O acesso era na busca por abrigo ou alimento. Uniam o que
se separava, o inacessível.

Depois, foram idealizadas com fibras vegetais, com materiais provenientes de animais.

É como se faz para sair, para chegar, transpor. Para caminhar sobre as águas, para perpassar
obstáculos.

A ponte se dá para o homem mover-se à busca. É uma projeção do ganhar o mundo, é
expansão, acesso e conquista. O ser humano olha à frente, vai e constrói, da maneira que ele
consegue, da forma que tem à mão, com o saber fazer.

Muito mais do que um lugar físico, é espírito da vontade humana de galgar.

Lança-se mão de um tronco, de tijolos, de aço, do que se tem disponível para conquistar.

A ponte, aqui, não é apenas uma ligação geográfica. É a união, a ligação, um meio de
acessar. A ponte é a vontade.

A ponte é materialização de um sonho, o desejo de ligar civilizações, de ganhar
conhecimento, alcançar novos ares, conquistar territórios.

Toda ponte vem da necessidade do homem no contato.

Uns sentam à margem, outros, constroem pontes. Toda ponte tem uma relação com o amor.

Hoje, olha-se a Ponte Torta com reverência. Conecta-se no tempo, a cidade.

Busca-se, com o projeto de conservação e zeladoria, uma relação identitária. Percebe-se que
fez -se ícone de uma memória individual, mas sempre associada à sociabilidade.

Uma ponte à memória.

As pontes em arco remontam a milhares de anos antes de Cristo. A Torta, a Ponte em Arco
sobre o Guapeva, referencia a Companhia Ceramica Jundiahyense, quando cogitava
sistemática de transporte em vagonetas, o Decauville sobre trilhos, usado em mineração.
Puxada por burro, por mini locomotivas, a história é recontada.

O imigrante trouxe a tecnologia ao tijolo e começou a moldar a feição da cidade. A ferrovia
transportava o tijolo. Tudo é uma ponte.

As fontes históricas, o depoimento hoje de pessoas que ascenderam à ponte, a fala de
jovens que fantasiam seu sentido, contam que a ligação proposta pela Ponte Torta fez-se no
âmbito da materialidade. E assim, funcionou, conforme registros, por pouco tempo.

Hoje, continua a conectar muito mais do que na matéria e de um ponto a outro. Liga à
atribuição de valores, permanece sendo passagem de um sonho de perpetuação.

Mirá-la, para alguns, faz rememorar a formação social e econômica do município, os
antecedentes históricos, a configuração territorial, relembra as identidades da cidade. Para
os que agora a percebem, diante do esforço do projeto que tem o cunho do zelar, pode estar
nascendo verdadeiramente uma ponte.

música recheia a programação da entrega da revitalização da PoMuita nte Torta, neste domingo (13), a partir das 17h, em homenagem aos 360 anos de Jundiaí.

Dentre as atrações destacam-se o som tradicional da “Bandinha Amigos do Samba”, juntamente com a percussão do “Bloco da Ponte Torta” e a participação da banda “Johnny Groove”.

Com sucessos dos anos 70, 80 e 90, a “Johnny Groove” leva ao evento covers dos Paralamas do Sucesso, Racionais Mc’s, RPM, Beatles e outros mais.

“Com a proposta do grupo de fazer um som pop rock na pegada flashback, vamos levar para nosso show muita animação”, ressalta o tecladista Renato Rigo. “Para a gente é uma honra fazer parte deste marco na história de Jundiaí.”

 

Veja mais em http://pontetorta.jundiai.sp.gov.br/

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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