Desde 1873, quando foi inaugurado, até sua erradicação em 1970, o trem foi o principal elo de comunicação entre Itupeva e o mundo exterior.
Pelo trem recebíamos toda sorte de mercadorias que abasteciam nosso comércio, além de despacharmos nossa produção agrícola.
O café, que foi base de nossa agricultura até 1930, era todo embarcado nos vagões da Sorocabana para exportação através do porto de Santos. Só depois é que veio a uva.
Cumpridor do horário, o trem era referência para nossas atividades. Dizia-se, por exemplo: âDepois do trem das onze eu vou almoçar.â Enfim, o horário do trem servia como relógio. Mesmo nas comunicações, era através do telégrafo da estação que as mensagens mais urgentes, recados, telegramas de felicitações e de condolências eram enviadas.
O telefone era um meio ainda muito precário. Uma ligação para Jundiaí ou para São Paulo demorava horas para ser completada.
O desenvolvimento rodoviário e a estagnação da ferrovia no Brasil foram determinantes para a extinção da ferrovia.
Durante muito tempo Itupeva não teve padaria. O pão nosso d cada dia vinha pelo trem das oito, em sacos, da cidade de Elias Fausto. Da estação até o local de venda da dona Magdalena era levado pelos moleques. A primeira padaria de Itupeva foi a do Ando e de sua esposa, dona Francisca
Foto: Estação Roosevelt em São Paulo, no Bairro do Brás