Síndrome de Asperger
Síndrome de Asperger
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Pessoas com a síndrome de Asperger tipicamente têm QIs altos e podem ter bastante sucesso na vida, mas sentem dificuldades com situações sociais e têm habilidades de comunicação não verbal limitadas. Os sintomas de Asperger são compartilhados por pessoas com uma variedade de outros transtornos, então pode ser difícil diagnosticá-las.

A síndrome de Asperger, está associado ao transtorno do desenvolvimento que compreendem o espectro do autismo, afeta a habilidade da pessoa de se comunicar e socializar. Pessoas com a síndrome de Asperger tipicamente têm QIs altos e podem ter bastante sucesso na vida, mas sentem dificuldades com situações sociais e têm habilidades de comunicação não verbal limitadas. Os sintomas de Asperger são compartilhados por pessoas com uma variedade de outros transtornos, então pode ser difícil diagnosticá-las. Aprenda mais sobre os sintomas, como obter um diagnóstico e o que fazer depois.

Reconhecendo os sinais

1 - Procure habilidades de comunicação não verbal incomuns. Começando na infância, pessoas com Asperger exibem diferenças marcadas na forma como se comunicam. Essas diferenças são os sintomas mais perceptíveis da síndrome, principalmente durante a infância, antes que elas aprendam instrumentos que podem usar para se comunicar mais eficientemente.

-Procure pelas seguintes diferenças no estilo de comunicação:

-Uma tendência a evitar contato visual

-Uso limitado de variações de expressões faciais

-Uso limitado de linguagem corporal expressiva, como gestos com as mãos e com a cabeça.

2 - Observe sinais de mutismo seletivo. Mutismo seletivo é quando alguém fala apenas com quem eles se sentem confortáveis e ficam em silêncio perto de qualquer outra pessoa. Isso é comum entre crianças com Asperger. Elas podem conversar abertamente com seus pais e irmãos, mas ficam em silêncio na escola e perto de pessoas que elas não conhecem bem. Em muitos casos, mutismo seletivo pode ser superado mais adiante na vida.

Algumas vezes, algumas pessoas acham difícil ou impossível falar durante uma sobrecarga sensorial, uma crise ou em outras circunstâncias. O sintoma pode não estar necessariamente atrelado ao mutismo seletivo; porém, também é um sintoma da Síndrome de Asperger.

3 - Determine se a pessoa tem problemas em identificar características sociais dos outros. Pessoas com Asperger têm dificuldades em imaginar como os outros se sentem e dificuldade em identificar pistas não-verbais. Com frequência, elas não entendem dicas, principalmente dicas não verbais, como expressões faciais, que as pessoas usam para mostrar que estão tristes, com raiva, com medo ou com dor. Aqui estão alguns exemplos de comportamentos que você pode perceber:

-A pessoa pode não reconhecer quando ela disser algo que machuque alguém ou quando ela deixa alguém desconfortável em uma conversa.

-A pessoa pode ficar muito agressiva, sem perceber que um empurrão bruto ou outro contato físico pode ser doloroso.

-A pessoa pode perguntar constantemente sobre os sentimentos do outro (ex.: "Você está triste?", "Tem certeza de que está cansado?") porque não sabe como o interlocutor se sente. Se a outra pessoa responder de forma desonesta, ela pode ficar confusa e buscar uma resposta honesta em vez de deixar pra lá.

-A pessoa agirá com surpresa, tristeza e pesar quando ouvir que suas ações foram inapropriadas. Parece que ela não tinha ideia de que eram inapropriadas. Ela pode se sentir pior do que a pessoa que recebeu a agressão inicial.

4 - Perceba conversas unilaterais. Como as pessoas com Asperger têm dificuldade em demonstrar empatia, o estilo de conversa delas pode acabar sendo unilateral, em vez de ter um ritmo de vai-e-vem de uma conversa entre duas pessoas sem Asperger. Uma pessoa com Asperger pode não perceber os sinais de que a pessoa com quem ela está conversando tem algo a dizer, ou está entediada na conversa. Elas também podem insistir em uma conversa que as interessa sem se preocupar se a outra pessoa quer conversar sobre isso.

Algumas pessoas com Asperger compreendem que monopolizam as conversas de vez em quando, sentindo medo de conversar sobre seus interesses. Se alguém hesitar para conversar sobre seu assunto predileto e parecer esperar que o outro fique chateado ou incomodado, ele pode estar tentando suprimir tal impulso por temer as repercussões sociais.

5 - Veja se a pessoa tem paixões intensas. Muitas pessoas com Asperger têm um interesse especial, quase obsessivo, em poucos assuntos. Por exemplo, se uma criança com Asperger tiver interesse em basquete, ela pode memorizar o nome de todos os jogadores de cada time principal. Outros podem amar escrever romances e redigir conselhos desde a juventude. Outra pessoa pode ser fascinada por inseto, e memorizar os nomes em latim de todas as espécies de insetos de determinado lugar. Mais tarde, esses interesses fores podem se desenvolver em carreiras bem sucedidas em áreas bem especializadas.

6 - Veja se a pessoa tem dificuldades para fazer amigos. Tanto crianças como adultos com Asperger podem ter dificuldade em fazer amigos, já que elas têm dificuldades em se comunicar eficientemente. Muitas pessoas com Asperger querem fazer amizades, mas elas não têm habilidades sociais para fazer isso. A falta de contato visual e de empatia pode ser mal interpretada como grosseria ou como ser antissocial, quando na verdade elas gostariam de conhecer melhor as pessoas.

Algumas pessoas com Asperger, especialmente crianças, podem não demonstrar um interesse por interagir com outros. A característica normalmente muda com a idade, e a pessoa acaba desenvolvendo o desejo de participar de um grupo.

Pessoas com Asperger podem acabar com apenas alguns amigos próximos que realmente as entendem, ou elas podem se cercar de conhecidos com quem elas não se conectam em um nível mais profundo.

Pessoas com autismo costumam sofrer bullying, e confiar em sujeitos que se aproveitam delas.

7 - Perceba a coordenação física da pessoa. Pessoas com Asperger com frequência não têm habilidades de coordenação, e podem ser um pouco desastradas. Elas podem se bater nas paredes e nos móveis com frequência. Elas podem não se sobressair em atividades físicas pesadas ou esportes.

Confirmando o Diagnóstico

1 - Leia sobre a síndrome de Asperger para tomar decisões melhor. Essa síndrome foi apenas recentemente classificada de maneira oficial como um transtorno específico do autismo e outros transtornos do espectro do autismo. Médicos e psicólogos pesquisadores ainda estão no processo de aprendizagem sobre como diagnosticar corretamente o transtorno, assim como a forma adequada de tratá-lo. Você provavelmente verá médicos e terapeutas diferentes tomarem abordagens diferentes para o tratamento, e elas podem ser muito confusas. Ler sobre o seu próprio transtorno ajudará a entender melhor as abordagens variadas e a tomar decisões sobre quais são as melhores para você ou para o membro da sua família.

Organizações como a Sociedade Nacional de Autismo publicam informações atualizadas sobre o diagnosticar, tratar e viver com a síndrome de Asperger.

Ler um livro escrito por alguém com Asperger sobre a experiência é uma boa forma de entender melhor o transtorno.

2 - Mantenha um diário dos sintomas que você observar. Todo mundo exibe uma estranheza social e alguns dos outros sintomas de Asperger de vez em quando, mas se mantiver um diário e anotar cada exemplo, você começará a perceber padrões. Preste atenção especial ao comportamento da pessoa quando ela estiver interagindo com outras pessoas na escola ou brincando com os amigos ou irmãos. Se a pessoa realmente tiver Asperger, você provavelmente verá os mesmos sintomas acontecendo de novo e de novo, não apenas uma ou duas vezes.

Escreva descrições detalhadas do que você observar. Dessa forma, você conseguirá dar a médicos ou terapeutas em potencial o máximo de informação possível para ajudar a obter um diagnóstico correto.

Tenha em mente que muitos sintomas de Asperger são compartilhados por outros transtornos, como Transtorno Obsessivo Compulsivo ou Transtorno de Déficit de Atenção. Embora você possa ter certeza que a pessoa tem Asperger, é importante estar aberto à possibilidade de ser alguma outra coisa para que elas possam receber o tipo certo de tratamento.

3 - Faça um teste online. Há vários testes online feitos para determinar se uma pessoa pode ter Asperger. A pessoa que fizer o teste responde uma série de perguntas relacionadas às suas atividades sociais, formas preferidas de passar o tempo e pontos fortes ou fraquezas para ver se os sintomas comuns de Asperger parecem estar presentes. 

Os resultados de um teste online para a síndrome de Asperger não são, de forma alguma, o mesmo que um diagnóstico. É apenas uma forma de determinar se mais exames serão necessários. Se o teste revelar uma tendência em relação a um comportamento de Asperger, você pode querer marcar uma consulta com um médico da família para descobrir mais.

4 - Obtenha a opinião do médico da sua família. Depois de ter feito um teste online e estar razoavelmente certo de que pode haver um problema, comece marcando uma consulta com um médico geral. Leve o seu diário de sintomas e compartilhe as suas preocupações. O médico provavelmente fará uma série de perguntas e pedirá que você fale coisas específicas. Se o médico concordar que pode haver a presença da síndrome de Asperger ou outro transtorno de desenvolvimento, peça uma recomendação de um especialista.

Ter essa primeira conversa com um profissional pode ser uma experiência intensa. Até então, você pode ter mantido suas preocupações em particular. Compartilhá-las com um médico pode mudar tudo. Mas se a pessoa com quem você estiver preocupada for você ou seu filho, você está fazendo a coisa certa em agir, em vez de ignorar o que você observou.

5 - Veja um especialista para uma avaliação completa. Antes da consulta, faça uma pesquisa para procurar um psiquiatra ou psicólogo que lhe recomendaram. Certifique-se de que a pessoa é especializada em trabalhar com pessoas no espectro do autismo. A consulta provavelmente consistirá em uma entrevista e um teste com perguntas semelhantes as dos testes online. Quando o diagnóstico for dado, o especialista lhe dará recomendações sobre como proceder.

Durante sua reunião com o médico, não tenha medo de fazer várias perguntas sobre a experiência da pessoa e sobre o diagnóstico e abordagem de tratamento.

Se você não estiver completamente confiante de que o diagnóstico está correto, busque uma segunda opinião.

Dando os próximos passos

1 - Trabalhe com uma equipe de profissionais em quem você confia. Lidar com essa síndrome requer uma abordagem várias especialidades. É importante obter ajuda de fora de profissionais experientes e compassivos. Primeiro, encontre um psicólogo ou terapeuta com quem você se conecta e confia – alguém que você gostaria de ter na sua vida por anos, para trabalhar nos desafios que a síndrome traz.

Se algo parecer errado ou desconfortável depois de algumas sessões de terapia, não hesite em encontrar outra pessoa que seja melhor para você ou seu filho. Confiança é um elemento importante ao tratar Asperger.

Além de encontrar um terapeuta confiável, você pode querer a visão de educadores especializados, nutricionistas e outros profissionais que podem ajudar a navegar pelas necessidades especiais do seu filho.

Nunca frequente um especialista que apoie Mãos Quietas, use punições físicas, amarre pessoas, suspende a alimentação, insiste que "um pouco de choro" (pânico) é normal, não permita que você monitore a sessão ou apoie organizações que a comunidade autista considere destrutivas. Pessoas com autismo podem desenvolver Transtorno de Estresse Pós-Traumático por conta desses tratamentos.

Em geral, se o autista gostar da terapia e quiser continuar frequentando-a, tudo está bem. A terapia está machucando a pessoa se ela parecer ansiosa, desobediente ou desesperada.

2 - Busque apoio emocional. A síndrome de Asperger não é curável, e aprender como lidar com isso é um processo para a vida toda. Além de encontrar médicos e terapeutas para descobrir o melhor curso de tratamento, considere buscar apoio de organizações e de um grupo de apoio local. Encontre pessoas para quem você pode ligar quando tiver perguntas, ou quando você apenas precisar conversar, que entenda o que você está passando. Com o aumento dos casos de Asperger, há muitas pessoas que podem ajudar.

Faça uma pesquisa online por grupos de apoio na sua cidade. Pode haver um associado à universidade da sua área.

Considere participar de uma conferência feita por organizações de apoio a pessoas com autismo ou Asperger. Você pode ter acesso a uma riqueza de recursos, aprender sobre metodologias de tratamento e conhecer pessoas com quem você pode querer manter contato.

Junte-se a uma organização totalmente criada e voltada por pessoas com autismo. Você pode conhecer outros autistas enquanto faz a diferença no mundo.

3 - Organize sua vida para satisfazer suas necessidades únicas. Pessoas com Asperger têm mais desafios do que aqueles não têm a síndrome, principalmente na área da interação social. Ao mesmo tempo, pessoas com Asperger podem ter relacionamentos completos e maravilhosos – muitas se casam e têm filhos – e carreiras muito bem sucedidas. Tenha consciência das necessidades únicas da pessoa, ajudando-a a superar as dificuldades e celebrando suas realizações, o que pode dar a elas a melhor chance de ter uma vida plena.

Uma forma essencial de deixar a vida da pessoa melhor é ter uma rotina para cumprir, já que a pessoa com Asperger não gosta de se desviar de rotinas. Quando você tiver que mudar um pouco as coisas, separe um tempo para explicar para a pessoa o motivo para que ela entenda.

Exemplificar habilidades sociais pode ajudar alguém com Asperger a aprender pelos exemplos. Por exemplo, você pode ensinar a pessoa a dizer oi e apertar as mãos enquanto faz contato visual. O terapeuta com quem você trabalhar lhe dará as ferramentas certas para fazer isso eficientemente.

Celebrar a paixão da pessoa e permitir que ela a execute é uma boa forma de apoiar alguém com Asperger. Alimente o interesse da pessoa e ajude-a a se sobressair nele.

Mostre à pessoa que você ama ela e seu autismo. O melhor presente que você pode dar a uma pessoa com Asperger é aceitá-la por quem ela é.

Dicas

Quando for falar com os outros sobre seu transtorno, pode ser benéfico explicar quais sintomas afetam-no mais e explicitar que tais sintomas são especialmente intensos em pessoas com Asperger (Por exemplo, todos cometem erros sociais de vez em quando, mas eles são mais frequentes para pessoas com Asperger).

Faça um diário por um período de tempo, registrando os sintomas que você mostrou, e levando-o para alguém próximo, ou para um médico, para dar a eles uma perspectiva melhor do que você está passando.

Imprima lista de fatos, estatísticas e sintomas, e dê para as pessoas que, talvez, precisam de um pouco mais de informações sobre o assunto (pessoas que nunca tiveram contato com alguém que tenha um transtorno mental, ou alguém que está lhe atrapalhando muito).

Avisos

Se as pessoas se recusarem a acreditar em você, não desista. A síndrome de Asperger é um transtorno de desenvolvimento cerebral que deve ser diagnosticado e tratado como um, e consultar um conselheiro médico é vital para confirmar as suspeitas ou não.

A síndrome de Asperger pode ser acompanhada de outros transtornos mentais no espectro do autismo, incluindo o Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtorno de Ansiedade, Transtorno do Déficit de Atenção, etc. Se você suspeitar que tem qualquer um desses transtornos, leve-o à atenção de alguém próximo ou a um médico.

Fontes:

 http://www.activebeat.com/your-health/10-symptoms-of-aspergers-syndrome/7/

 http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/aspergers-syndrome/basics/symptoms/con-20029249

 http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/aspergers-syndrome/basics/symptoms/con-20029249

 

Postado por: Ana Cláudia Foelkel Simões

Psicóloga Clínica - (11) 97273-3448

http://terapiajundiai.com.br/

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Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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