Filme Flores Raras com Glória Pires e Miranda Otto
Filme Flores Raras com Glória Pires e Miranda Otto
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O filme “Flores Raras” – dirigido por Bruno Barro. Ele conta a história do amor lésbico entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e a escritora norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto), ganhadora do Prêmio Pulitzer de..

O filme “Flores Raras” – dirigido por Bruno Barro. Ele conta a história do amor lésbico entre a arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e a escritora norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto), ganhadora do Prêmio Pulitzer de 1956. Ambas as mulheres frequentaram a elite carioca dos anos 50.

O diferencial do filme é que ele foge dos roteiros estereotipados de películas cinematográficas do gênero LGBT, ou seja, sem crises existências, brigas famílias e/ou preconceitos. O foco do enredo é no amor permeado por um longo caminho de aprendizado humano e perdas.

Por mais que o tema seja antiquíssimo, o cinema brasileiro nunca foi muito de colocar casais homossexuais na linha de frente do elenco. Seja por questões conservadoras ou temores econômicos, fato é que são poucos os filmes nacionais que acompanham relacionamentos gays mais a fundo, deixando de lado os estereótipos. Diante deste histórico, Flores Raras traz um certo frescor no sentido de romper um certo “tabu invisível”. Entretanto, o novo filme do diretor Bruno Barreto vai além ao trazer uma bela história de amor que conta como pano de fundo um período importante da história brasileira: o golpe militar de 1964 e suas implicações imediatas.

A história gira em torno da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares e a poetisa americana Elizabeth Bishop, interpretadas com competência por Glória Pires e Miranda Otto, respectivamente. Na verdade, as duas são a alma de Flores Raras e é interessante notar o quão diferente é a atuação de cada uma. Se Glória cria uma Lota decidida e controladora, que não pensa duas vezes ao tomar a iniciativa tanto no trabalho quanto no campo amoroso, Miranda compõe uma personagem tímida e insegura, por vezes antipática mesmo. É neste contraste entre a delicadeza nos gestos de uma e o jeito determinado de outra que o filme constrói boa parte do relacionamento, muito auxiliado pelas atuações e pela coragem das atrizes ao se expor em momentos mais íntimos, sem nudez mas de uma paixão arrebatadora.

Entretanto, em meio à história (verídica) de amor entre Lota e Elizabeth, há um pano de fundo importante que ressalta outro contraste, cultural, que passa desde o modo como uma pessoa trata a outra, em simples encontros ocasionais, até diferentes visões de mundo. O exemplo maior desta situação é o jantar em que Elizabeth demonstra todo seu estranhamento diante da naturalidade com a qual os brasileiros tratavam o golpe militar, que por mais que representasse a “vitória” contra o medo comunista significava também a perda da liberdade, algo gravíssimo para qualquer americano. Ainda neste âmbito, o filme revela um pouco sobre os bastidores do governo Carlos Lacerda e da construção do Aterro do Flamengo, trazendo à tona também um momento histórico importante do Rio de Janeiro.

Flores Raras é um bom filme que mostra com competência tanto o aspecto histórico dos anos 1960 no Rio de Janeiro quanto o relacionamento entre duas mulheres tão diferentes quanto Lota e Elizabeth, além de ser (mais) um libelo sobre a naturalidade de um relacionamento homossexual na sociedade.

Fonte: Adoro Cinema

 

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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