Coisas da Vida - Mudando de Idéia
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Nada mais justo e natural do que mudar de ideia. Crescemos, ajustamos nossas lentes, reconhecemos enganos, aprendemos, perdoamos. Como não mudar de ideia? Algumas vezes fazemos afirmações fortes e logo depois notamos que estávamos enganados.

Nada mais justo e natural do que mudar de ideia. Crescemos, ajustamos nossas lentes, reconhecemos enganos, aprendemos, perdoamos. Como não mudar de ideia? Algumas vezes fazemos afirmações fortes e logo depois notamos que estávamos enganados. Difícil reconhecer, mas o que vamos fazer? Precisamos admitir, é o único jeito, se quisermos nos posicionar perante o outro e a nós mesmos.

Existem assuntos que nos deixam sem saber o que pensar, pelo menos por algum tempo. Por exemplo o casamento entre homossexuais e seus direitos. Por um lado, cada um deve saber de si e ter liberdade para viver sua vida como quiser. O outro lado é a questão se estamos ou não invadindo a vida de alguém, a sociedade e suas premissas. Se sim, como fazer para incluir a nova maneira de pensar, à que já existe, sem tanta censura, sem tanto julgamento, querendo compreender e ajudar o próximo?

Desde que o mundo é mundo existe a homossexualidade. Dependendo da cultura é um assunto absolutamente normal, sem diferenças. Vivemos uma cultura que tem passado por muitas mudanças ideológicas e precisamos entendê-las. Não podemos sair por aí julgando o casal de homossexuais, pois a vida é deles e todos nós buscamos a felicidade. Se a encontraram dessa forma, ótimo, eles têm mesmo que viver feliz e serem respeitados.

Muitas e muitas famílias, compostas por casais heterossexuais, não cuidam bem de seus filhos, maltratam, se irritam com eles, não têm paciência, a mínima indispensável, para educar. Hoje em dia notamos diversas formas de convivência. São as famílias-mosaico em que a neta mora com a avó, os meio-irmãos moram com o pai, o primo vem morar na casa de seus tios, enfim, há diversas formas de convivência e com elas condições diferentes de desenvolvimento pessoal, principalmente entre as crianças.

Se a questão é a adoção de criança entre os casais homossexuais, o que podemos dizer? Que opinião e posicionamento podemos ter? Embora os modelos de pai e mãe, que irão nortear a vida daquela criança, possam se tornar difusos e nem sempre favoráveis ao bom andamento de seu desenvolvimento, existe a outra parte, importante, que é o amor, o ambiente acolhedor, a tolerância, a vontade de que a família se desenvolva em harmonia. Se o casal tiver uma cabeça boa, a criança irá conseguir crescer bem.

Fica muito complicado generalizar esse direito de adoção, pois não acredito que a questão seja se o casal é homossexual ou não. Vimos há pouco tempo aquela promotora que adotou a garotinha. Até onde sei ela não é homossexual e no entanto, que horror! Aquilo sim deveria ser proibido. O direito de adoção precisa estar pautado no caráter da pessoa, na condição que ela tem de criar um filho com dignidade e não em sua opção sexual.

Existem muitas crianças abandonadas, passando por dificuldades terríveis, famintas, sofridas e que estão à mercê da boa vontade de alguém que as queira. Melhor do que ficar em abrigo seria uma família boa, claro, mas para cair em mãos de tiranos, independente se são ou não homossexuais, o abrigo ainda é a melhor opção. Diante da real situação que temos, em que as pessoas vão se agregando como dá, o critério deveria ser o do bom-senso. Na Argentina já aprovaram o direito dos homossexuais adotarem crianças. As opiniões quase que empataram. Muitos não aprovaram esse direito. O que será que passa na cabeça deles, que elementos eles têm para vetar? Será que cada um deles cuida tão bem de seus filhos? Educar não é fácil, exige muito amor e paciência. Será que podemos sustentar a opinião de que somos contra a adoção por casais homossexuais? O amor não precisa pedir licença e nem reivindicar seus direitos.

Acredito que não temos o poder de decisão pelo outro e nem conhecemos tudo o que acontece entre duas pessoas que se amam de verdade. É aí que a criança precisa estar. Que tal repensar?

Beatriz Aratangy Berger
Psicóloga Clínica - CRP - 06/49646
Cel. (11) 7256-6630
bia.berger@yahoo.com.br

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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