Como evitar preocupações e começar a viver
Como evitar preocupações e começar a viver
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Você está cansado de ter preocupações? Comece a viver hoje lendo Como evitar preocupações e começar a viver.

Como evitar preocupações e começar a viver

Você está cansado de ter preocupações? Comece a viver hoje lendo Como evitar preocupações e começar a viver.

O livro segue uma divisão com a qual eu não concordo, baseada em “Princípios”, “Fatos”, “Técnicas”, “Maneiras”. Essa divisão acaba sendo mais confusa do que pedagógica. Por exemplo, a Parte III é sobre “como acabar com o hábito da preocupação”, e a Parte IV é “como cultivar uma atitude mental de felicidade”. Esses assuntos, para mim, estão relacionados; cultivando a felicidade mental você pode deixar de se preocupar. A obra poderia ter menos subdivisões.

Mesmo assim, é possível, à medida que lemos o livro, detectar a sua mensagem principal.

Por exemplo, a técnica fundamental de análise de preocupações é tomar decisões. No caso da janela aberta, qual são as opções? Podemos sair do trabalho, e ir fechar a janela, gerando discussões com o chefe; ou podemos aceitar que a janela está aberta e planejar que, quando chegarmos em casa, vamos tomar uma meia hora para secar o chão. Você precisa tomar uma decisão. Você está preocupado com alguma coisa? O que pode ser feito? Qual o pior cenário, e como ele pode ser resolvido?
Ficar sentado, olhando para o computador, pensando no chão molhado não resolve nada. Uma vez tomada uma decisão, sua cabeça está livre para
continuar trabalhando.

Outro capítulo ótimo é sobre nossa relação com o passado. Quantas vezes não nos preocupamos com coisas que já dizemos, como se isso adiantasse
de alguma coisa. Como o autor diz, “não tente serrar serragem”; não gaste energia pensando no passado. Se você disse algo desagradável a
alguém, já está dito; você pensar nisso não fará a outra pessoa esquecer. Tome a decisão de ignorar isso ou pedir desculpas, e siga em
frente.

Carnegie dedica um trecho à fé, com o argumento de que você não precisa ser cristão, ou judeu, ou muçulmano, praticante. Quando você acredita em um sentido por trás de tudo, qualquer que seja, você percebe que não vale a pena se preocupar, pois tudo tem um próposito. O autor cita uma frase do teólogo John Baillie: O que torna um homem cristão não é nem a sua aceitação intelectual de certas ideias, nem a sua conformidade com uma determinada regra, mas a posse de um certo Espírito, e a sua participação numa certa Vida.

Cita também o filósofo Francis Bacon:

Um pouco de filosofia inclina o espírito humano ao ateísmo; mas uma profunda filosofia conduz a mente humana à religião.

Estaria mentindo se dissesse que esse capítulo não me fez pensar muito.

Mas o meu capítulo preferido de longe é o destinado à ingratidão. Muitas vezes a causa de nossa ansiedade é a ingratidão de outras pessoas. O seu ponto é o seguinte:

É natural que as pessoas se esqueçam de ser gratas; assim sendo, se andarmos à espera de gratidão, estaremos, fatalmente, destinados a sofrer uma porção de aborrecimentos.

No meu círculo de pessoas próximos, vejo muitos estressados (e o estresse é um tema recorrente do livro) por causa da ingratidão. Bem, adivinhe: pessoas não costumam agradecer. Conheço uma mulher que tem uma irmã de piores condições financeiras, em virtude de más escolhas no passado; essa mulher não queria que a filha da irmã tivesse a mesma sorte e pagou uma escola particular para ela, na esperança de que ela entrasse na faculdade. Essa menina hoje é engenheira formada por uma universidade federal, mas a mãe e a tia brigaram e ela nunca disse um “obrigado”. A mulher, naturalmente, se ressente até hoje, dizendo coisas do tipo “tudo que eu fiz por essa menina”. Carnegie está certo: pessoas que reconhecem esse tipo de ajuda são raras. Esqueça. Dê pela alegria de dar. Pense que com alta probabilidade, a outra pessoa não vai agradecer. Evite aborrecimentos como esse e comece a viver, como diz o
título.

A Parte VI é dedicada à fadiga, como descansar mais, sob o argumento de que muito de nossa ansiedade é causada pelo desgaste físico, mas os capítulos não trazem nada de relevante. A Parte VII, última, traz um compêndio de histórias pessoais, e serve como apanhado geral.

No geral, Como Evitar Preocupações é um livro muito extenso com poucos pontos interessantes — mas profundos. É bom você ler, mas saiba que é
preciso sempre filtrar os pontos que interessam. O que é bom para agradar a pessoas diferentes; para mim, o que teve impacto foram os capítulos sobre religião e ingratidão, enquanto que para o leitor pode ter outro sentido.

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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