3 filmes feministas com uma mensagem incrível!
3 filmes feministas com uma mensagem incrível!
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Vamos falar sobre filmes, mas não de qualquer gênero, e sim sobre filmes que retratam a luta de 3 incríveis mulheres que precisam batalhar para avançar em um mundo de homens! Confira:

Vamos falar sobre filmes, mas não de qualquer gênero, e sim sobre filmes que retratam a luta de 3 incríveis mulheres que precisam batalhar para avançar em um mundo de homens! Confira:

No dia 8 de março fizemos história. Nós mulheres, em uma explosão de coragem raramente vista, fizemos nossas as ruas pela primeira vez e nos ouviram gritar nossa mensagem feminista. Nada seria o mesmo a partir daquele dia. Cada uma com sua mochila emocional nas costas, sabendo que sofríamos com aquela pedra invisível, mas pesada, acima de nós, conseguimos elevar nosso espírito, gritar nossa raiva, coletivizar nossas tristezas e unir nossas exigências.  Com jaqueta ou dreadlocks, com emprego de diretora de um banco ou estudando na universidade, todas estávamos lá porque vivíamos o mesmo: a desigualdade, a violência e o teto de vidro, entre muitas outras coisas. Todas vivíamos sob essa opressão, mas as histórias que a refletem são muito diferentes.

Uma Mulher Sob Influência: Dirigido por John Cassavetes, um dos diretores de cinema independente norte-americano mais aclamados, o filme conta a difícil situação familiar vivenciada por causa de Mabel, uma mãe interpretada majestosamente por Gena Rowlands. Por este papel, ela ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz e foi indicada ao Oscar. No filme, vemos como Mabel tem algumas expressões muito peculiares, alguns tiques um tanto impertinentes, mas não um comportamento violento ou ameaçador. Seu marido, Nick, é um trabalhador interpretado por Peter Falk, que a observa como se algo sempre estivesse errado com ela. Em um ambiente de testosterona disparada, Mabel faz a comida, se preocupa para que os hóspedes e colegas de trabalho de Nick estejam confortáveis e quer que tudo esteja bem, que haja espaço para diversão.

É verdade que seu comportamento é peculiar; talvez ela não controle os limites da cordialidade ou da bondade, mas se esforça para que todos estejam bem. Nick, no entanto, não para de rotular seu comportamento, grita com ela e não valoriza nada do que ele faz. Ele a humilha na frente de todos e não respeita seu espaço, sua maneira de se expressar para o mundo. Sem revelar qualquer spoiler, só posso dizer que, no decorrer do filme, vemos que as pessoas ao seu redor talvez não estejam acostumadas a uma personalidade peculiar, cheia de sensibilidade e carinho por sua família. Suas reações são cada vez mais extremas porque o comportamento do marido é inconsistente e sufocante. Nick não sabe como tratar sua esposa, se contradiz no que diz, na forma como a olha e, finalmente, em como a trata. Nesses níveis de comunicação, Mabel está presa. Quem diz que mais a ama é quem mais a estigmatiza no mundo. Talvez ele e os outros pensem que uma mulher de expressividade excessiva só pode ser seriamente perturbada. É aí que a poderosa mensagem feminista é lançada: as crianças, que ainda não internalizaram os preconceitos dos adultos, amam o jeito de ser de sua mãe, sua peculiaridade e sua intensa expressão de afeto. Talvez a influência sob a qual Mabel se encontrava fossem a ignorância e o machismo, e não um distúrbio psiquiátrico.

Alanis: Alanis (Sofia Gala Castiglione) é uma prostituta argentina mãe de um menino que trabalha em um apartamento com outra colega, Gisela. Um dia a polícia vai ao apartamento acusando Gisela de tráfico e Alanis é expulsa, sendo obrigada a encontrar um lugar para dormir com seu filho. Ela vive a vida como pode, inclusive indo à casa de seus clientes com seu filho. A situação de Alanis é desesperadora, mas ela não percebe isso. Com um estoicismo e integridade incríveis, Alanis não tem tempo para se lamentar. Mais uma vez, ela tem que sobreviver. Ela ignora as mensagens que a vitimizam, aqueles que a insultam ou aqueles que mostram que ela é uma mãe ruim. Ninguém lhe deu nada, mas ela não quer ser reconhecida por isso. Ela simplesmente quer sentir que tem o controle de sua própria vida e que pode prover um teto sob o qual seu filho possa viver. Enquanto assistimos ao filme, não há tempo para julgá-la. Não há lugar. Alanis não deixa espaço para isso, porque também não mostra o mínimo interesse em dar uma direção diferente à sua vida. Na realidade, ela não sabe o que quer, mas, ao invés de sentir pena dela, pouco a pouco ela vai nos deixando sem palavras. Basta pensar no presente e em fazer com que ele seja o mais suportável possível, sem ter que dar satisfações a ninguém. Essa é a sua mensagem feminista. Controverso e direto, porque não dá lugar para que ninguém a vitimize ou a estigmatize. Ela faz sua vida e não se importa que alguns possam vê-la como escória. Ela tem certeza do que é e não faz nada com isso: nem para lhe dar razão nem para tirá-la de você.

Paulina: Paulina (Dolores Fonzi) é uma mulher que tem tudo. De uma boa família de Buenos Aires, com um futuro profissional à sua frente que se apresenta sem muitas complicações, de excelente formação e com um namorado e pai que a amam e a respeitam. Ela tem algumas preocupações que não são de esperar sendo a filha de um advogado rico e cercada por um ambiente burguês. Paulina sonha em fazer algo em sua profissão que realmente se reflita na prática, algo que consiga melhorar a vida das pessoas, e quer fazer isso estando na linha de frente. É por isso que ela decide ensinar em uma escola de uma região da Argentina assolada pela pobreza, pela violência e pelo desemprego. Ela sabe e sente que é ali que mais precisam de alguém que os leve em conta e que se importe com o ensino. Todos pensam que será algo temporário, mas ela vai disposta a tudo e não tem um prazo determinado na cabeça. Ao chegar ao local, ela se sente emocionada e desafiada por um ambiente que não conhece, mas que respeita. Uma noite, depois de tomar alguns drinques na casa de uma nova amiga da região, Paulina pega a bicicleta e vai para casa. No caminho, alguns homens a atacam e a estupram. A partir daí, muito possivelmente, qualquer espectador pode se sentir desconfortável e não conseguir ter empatia com as decisões da protagonista. Ela está convencida de que quando se trata dos pobres, não há justiça, apenas culpados. É por isso que será ela a responsável por saber por que tudo aconteceu, e não hesita em voltar ao seu trabalho para investigar quem foram os estupradores. Ao saber que está grávida, Paulina tomará outra decisão inesperada que acabará por esgotar a paciência dos que a rodeiam. Assim é Paulina. Uma mulher que toma suas próprias decisões sem fingir ser uma heroína, simplesmente seguindo seus critérios, apesar de tudo. Essa é a sua mensagem feminista. Embora acreditemos que todas as mulheres se comportarão da mesma maneira diante de um evento traumático, milhares fazem o que seus critérios indicam, sem pretender ser validadas por ninguém.

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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