Existem cinco tipos distintos de vinhos: os vinhos tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. E para quem deseja descobrir a diferença entre eles e qual escolher para beber, o Bebida dos Deuses te ajuda! Confira:
Existem cinco tipos distintos de vinhos: os vinhos tintos, os brancos, os rosés, os espumantes, e os vinhos fortificados. E para quem deseja descobrir a diferença entre eles e qual escolher para beber, o Bebida dos Deuses te ajuda! Confira:
Os vinhos tintos podem ser obtidos através das uvas tintas ou das tintureiras (aquelas em que a polpa também possui pigmentos).
Os vinhos brancos podem ser obtidos através de uvas brancas ou de uvas tintas desde que as cascas dessas uvas não entrem em contato com o mosto e que essas não sejam tintureiras.
Já os vinhos rosés podem ser feitos de duas maneiras: misturando-se o vinho tinto com o branco ou diminuindo o tempo de maceração (contato do mosto com as cascas) durante a vinificação do vinho tinto.
O espumante é um vinho que passa por uma segunda fermentação alcoólica, que pode ser na garrafa, chamado de método tradicional ou champenoise, ou em auto-claves (tanques isobarométricos) chamados charmat. Ambas as formas de vinificação fazem a fermentação em recipiente fechado, incorporando assim dióxido de carbono (CO2) ao liquido e dando origem às borbulhas ou pérlage.
Os vinhos fortificados são aqueles cuja fermentação alcoólica é interrompida pela adição de aguardente (~70% vol). De acordo com o momento da interrupção, e da uva que está sendo utilizada, ficará mais ou menos doce. O grau alcoólico final dos vinhos fortificados fica entre 19-22% vol. Os mais famosos são o Vinho do Porto (Portugal), o Vinho da Madeira (Portugal), o Xerez (Espanha) e o Marsala (Sicília).
No Brasil os vinhos possuem uma forma própria de serem classificados:
Quanto à classe:
de mesa: graduação alcoólica de 8,6° a 14° G.L., possui as seguintes subdivisões:
- finos ou nobres: Vinhos produzidos somente de uvas viníferas.
- especiais: Vinhos mistos, produzidos de variedades viníferas e uvas híbridas ou americanas.
- comuns: Vinhos produzidos predominantemente com variedades híbridas ou americanas.
- frisantes ou gaseificados: Vinhos com gaseificação mínima de meia atmosfera e máxima de duas atmosferas.
leve: graduação alcoólica de 7° a 8,5° G.L., elaborado sempre com uvas viníferas.
espumante: resultante unicamente de uma segunda fermentação alcoólica, possui alto nível de dióxido de carbono, resultando em borbulhas (graduação alcoólica de 10° a 13° G.L.).
- champanhe - É um espumante feito essencialmente com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, mundialmente conhecida, produzida exclusivamente na região homônima na França. Champagne é uma denominação de origem.
licoroso: graduação alcoólica de 14° a 18° G.L. Adicionado, ou não, de álcool potável, caramelo, concentrado de mosto e sacarose.
composto ou fortificado: graduação alcoólica de 15° a 18° G.L., obtida pela adição ao vinho de plantas amargas ou aromáticas, substâncias de origem mineral ou animal.
Quanto à cor:
tinto: produzido a partir de variedades de uvas tintas, com longo contato com a casca da fruta. A diferença de tonalidade depende de tipo de fruto, do tempo e do método de envelhecimento.
branco: produzido em sua maioria, a partir de uvas brancas. Quando produto de uvas tintas, a fermentação é feita com a ausência das cascas.
rosado, rosé ou clarete: com aparência intermediaria pode ser produzido de duas formas:
- de uvas tintas: com breve contato com as cascas que dão a pigmentação ao vinho, que após são separadas.
- por corte: obtém-se pela mistura de um vinho branco com um vinho tinto
Quanto ao teor de açúcar:
Vinho Seco: 0 a 4 g/L;
Vinho meio-seco ou semi-sec: 4,1 a 25 g/L;
Vinho suave: mais de 25,1 a 80 g/L..
Quanto à variedade da uva:
Todos nós sabemos que o vinho é feito com uvas. Mas não são aquelas encontradas no supermercado. As uvas próprias para o vinho são chamadas, em latim, de Vitis Vinifera – têm pele grossa, bagos pequenos e doces e contêm sementes. No mundo todo, são mais de 1.300 variedades diferentes, algumas mais comuns, outras específicas de um país ou até de uma região. Os primeiros termos com os quais você deve se acostumar no mundo dos vinhos para saber o que você está bebendo são Varietal e Assemblage (também substituído por Corte ou Blend).
Varietal:
O vinho varietal é aquele produzido com um único tipo de uva, ou que pelo menos tenha grande predominância da mesma uva em sua composição. Se você está no supermercado, por exemplo, e vê um vinho em que no rótulo está escrito Merlot, é um varietal. Ou Cabernet Sauvignon. Ou Sauvignon Blanc. O importante é ter o nome de uma única uva. Para ser considerado varietal, o vinho não precisa ter 100% da uva que está estampada no rótulo. A legislação muda a cada país, mas é possível ter um pequeno percentual de outras uvas, para que o enólogo tenha liberdade para produzir um vinho de melhor qualidade. No Brasil, Chile e Nova Zelândia, por exemplo, para ser varietal é preciso ter 75% de uma única uva. Na Austrália e na África do Sul, 85%; em algumas regiões dos Estados Unidos, o percentual sobe para 90%. Assim, é legítimo dizer que para ser varietal o vinho deve conter entre 75% e 90% da uva que está no seu rótulo.
Mas para que essa "mistura" é necessária? Muitas vezes para "consertar o vinho". Se você olhar um rótulo de vinho varietal norte-americano, por exemplo, além da uva principal há mais três ou quatro pequenas quantidades de outras uvas. Para eles, o mais importante é garantir o padrão de qualidade, mantendo o mesmo sabor do vinho em todas as safras. Um exemplo de varietal é o Chianti, que pela legislação italiana deve conter 90% de Sangiovese em sua composição. Os outros 10% geralmente são de Malvasia e Canaiolo, em proporções que variam de produtor para produtor. Da próxima vez que for experimentar um varietal, dê uma olhadinha no rótulo: você pode ter ali uma dica das características do vinho, de acordo com as variedades que foram misturadas à uva principal.
Corte, Assemblage ou Blend:
É tudo a mesma coisa: corte, em português; assemblage, em francês; e blend, em inglês. Significa a mistura de dois ou mais tipos de uvas para criar um vinho especial. Há alguns cortes que já se tornaram clássicos, como o Corte Bordalês (de Bordeaux), imitado no mundo todo. Esse corte leva Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, podendo ser adicionadas também outras uvas como Petit Verdot, Malbec e Carménère, essas últimas com menos frequência. Os cortes são utilizados para melhorar o vinho, criar diferentes composições, somar qualidades e multiplicar a complexidade de sabores e aromas.
Uma curiosidade: existem também assemblages de uma única uva! Isso acontece quando se misturam safras diferentes, ou mesmo uvas da mesma casta, mas de vinhedos diferentes. Pode também ser produzido vinho a partir dos frutos de videiras de outras espécies ou de videiras híbridas, criadas pelo cruzamento genético de duas espécies. Não se deve confundir o termo híbridas com a prática da enxertia. A maioria das vinhas do mundo encontram-se plantadas com Vitis vinifera enxertadas em bacelos de espécies norte-americanas.
A variedade das uvas, a orientação das encostas, a elevação e a topografia da vinha, o tipo e a química do solo, o clima e as condições sazonais sob as quais as uvas crescem, e ainda as culturas de leveduras locais, todos juntos formam o conceito de terroir. O número de combinações possíveis faz com que existam grandes variedades entre os produtos vinícolas, a qual é ainda aumentada pelos processos de fermentação, acabamento e envelhecimento.
Porém, as diferenças de sabor não são desejáveis para os grandes produtores de vinho de mesa ou de outros vinhos mais baratos, nos quais a consistência é mais importante. Estes produtores tentaram minimizar as diferenças entre as uvas de várias proveniências utilizando tecnologias como a micro-oxigenação, filtração de taninos, a centrifugação, a micro e ultrafiltração, a osmose inversa, a evaporação, tratamentos térmicos, electrodiálise, a coluna de cone rotativo entre outras.
Quanto ao aroma:
Devido à complexa constituição presente no vinho, existem três tipos de análise (Gustativa, olfativa e visual). Os aromas transmitem cada característica presente no vinho. Cada vez que um vinho é servido, engarrafado ou degustado, seu aroma se modifica. Estão presentes no nariz as mucosas olfativas, local onde são presenciados os aromas. Alguns vinhos são produzidos a partir de combinações e para que as tais sejam identificadas, a análise olfativa é necessária. É uma bebida recheada de mistérios e sabores. Os aromas mais reconhecidos são os florais, vegetais, balsâmicos, frutados, minerais, animais e o de especiarias. Também são classificados em aromas primários (uvas e vinícolas), secundários (processo de fermentação) e terciários (bouquet ou processo de amadurecimento)
Por fim, a Degustação!
A degustação é o ato de examinar e avaliar o vinho. Os vinhos podem ser classificados segundo o efeito que causam nas papilas gustativas. A doçura é determinada pela quantidade de açúcar residual do vinho após a fermentação. É possível identificar sabores e aromas individuais graças ao complexo mix de moléculas que a uva e seu suco podem conter. A degustação frequentemente pode identificar as características de uma uva específica como também os sabores que resultaram da fabricação e maturação do vinho, seja intencional ou não. Os mais típicos elementos de sabor que são intencionalmente introduzidos no vinho são aqueles presentes nos barris de carvalho: chocolate, baunilha, café, além de mato ou couro. Outras variedades de minerais também são absorvidas pelo vinho.
Temperaturas ideais para degustação do vinho:
- Vinhos tintos - 17 a 18 °C
- Vinho do Porto Vintage - 16 °C
- Vinhos tintos novos e os verdes - 12 a 14 °C
- Vinhos da Madeira e Porto comuns - 12 °C
- Vinhos brancos incluindo da Madeira e Porto - 10 a 11 °C
- Vinhos Rosé - 10 °C
- Vinhos brancos novos - 8 a 10 °C
- Vinhos espumantes - 6 a 8 °C
Fonte Imagens: IStock