Tarsila do Amaral - Artista Plástica e morou em Itupeva Confira
Cronologia – Tarsila do Amaral
1886 - Filha de Lydia Dias do Amaral e do poderoso fazendeiro de café José Estanislau do Amaral Filho, Tarsila do Amaral nasce em 1º de setembro em Capivari, no interior do estado de São Paulo. A infância, ao lado dos cinco irmãos, transcorre entre as Fazendas São Bernardo, no município de Rafard, e Santa Teresa do Alto, em Itupeva.
1898-1902 - Estuda em colégio de freiras em Santana, bairro da Zona Norte da capital paulista, e, em seguida, no internato do tradicional Colégio Sion.
1902 - Tarsila e sua irmã Cecília viajam à Europa com os pais, que as internam no Colégio Sacré Couer, em Barcelona.
1904 - Regressa ao Brasil e casa-se com o primo de sua mãe, André Teixeira Pinto.
1906 - Sua única filha, Dulce, nasce na Fazenda São Bernardo. O jovem casal passa a viver na Fazenda Sertão, dos pais de Tarsila.
1913 - Separada, muda-se para São Paulo.
1916 - Começa a trabalhar no ateliê de Wiliam Zadig. Em seguida, estuda modelagem com Oreste Mantovani. Tarsila do Amaral, década de
1920 - 1917 Inicia estudos de desenho e pintura com Pedro Alexandrino.
1919 - Estuda pintura com George Elpons. A produção inicial de Tarsila se reduz a estudos de animais e naturezas-mortas e esboços de retratos, compilados em cadernos de anotações. Na pintura, faz cópias de mestres, paisagens de pequenas dimensões e naturezas-mortas.
1920-1921 - Instala-se em Paris, onde frequenta a tradicional Académie Julian e, em seguida, o ateliê de Emile Renard, de perfil mais livre. Embora já em contato com a produção das vanguardas, Tarsila continua registrando figuras humanas e paisagens urbanas em tímidos cadernos de anotações. Sua produção pictórica cresce aos poucos, tanto no aspecto quantitativo quanto em termos qualitativos: surgem alguns autorretratos e paisagens luminosas das ruas de Paris, ao lado de sombrios estudos de nus, certamente realizados na academia.
1922 - É aceita no Salon officiel des artistes français com a tela Retrato de mulher, posteriormente intitulada Figura (O Passaporte). Em junho, retorna a São Paulo e entra em contato, por meio de Anita Malfatti, com intelectuais e artistas que haviam participado da Semana de Arte Moderna. Tarsila e Oswald de Andrade se apaixonam. Forma o Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e Mário de Andrade. Discussões sobre arte, saraus e viagens para o litoral fazem parte desses meses, que se configuram como um divisor de águas para a produção de Tarsila. A convivência com o Grupo – muito mais do que a experiência anterior em Paris – desperta seu interesse pelas linguagens da arte moderna. Sua pintura, um tanto contagiada pela de Anita, torna-se mais expressiva. Em setembro, expõe no Salão de Belas-Artes, no Palácio das Indústrias, em São Paulo. Renovada pelas influências locais, embarca para Paris em dezembro, com objetivos mais precisos. Pouco depois, Oswald se reúne a ela na França.
1923 - Começa a trabalhar no ateliê de André Lhote, onde permanece por três meses. Em maio, Tarsila e Oswald conhecem Blaise Cendrars, que os apresenta a seu círculo de amigos, entre os quais Fernand Léger, Albert Gleizes, Constantin Brancusi, Jean Cocteau e Eric Satie. Em junho, começa a estudar com Gleizes e, a partir do início de outubro, faz estágio de algumas semanas no ateliê de Léger. Esse ano se configura como um tempo de encantamento por algumas vertentes modernistas, e Tarsila se aventura em ensaios de estilos tão diversos quanto aqueles utilizados em pinturas como Retrato de Oswald de Andrade, Caipirinha e Autorretrato (Manteau rouge). Também é desse ano uma série de estudos de composições cubistas, bem como A Negra, obra seminal do modernismo brasileiro. Algumas dessas investigações estilísticas representam a abertura de possibilidades que são exploradas nos anos seguintes; outras não têm continuidade e acabam sendo abandonadas. Ao regressar ao Brasil, em dezembro, enfatiza seu interesse em se desenvolver como artista brasileira: âSou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte de nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academiasâ.
1924 - Em fevereiro, Blaise Cendrars chega a São Paulo. Tarsila passa o Carnaval no Rio de Janeiro com Oswald, Cendrars e Olívia Guedes Penteado. Durante a estada na capital carioca, registra esboços de gente na rua e detalhes de fantasias e de decorações do Carnaval. Desse conjunto de anotações derivam as pinturas Carnaval em Madureira, Morro da Favela e E.F.C.B. A partir dessa viagem, a paisagem brasileira torna-se um assunto central para a artista. A capital paulista, por exemplo, é tema das pinturas São Paulo (Gazo) e São Paulo. Em ambas, caracteriza a metrópole por meio de elementos que evidenciam o avanço tecnológico, dispostos a partir de linhas ortogonais, que reforçam a ideia do racionalismo urbano. Na Semana Santa, Mário de Andrade, Gofredo da Silva Telles, René Thiollier e Nonê (filho de Oswald) agregam-se ao grupo que esteve no Rio de Janeiro durante o Carnaval e viajam para as cidades históricas de Minas Gerais. Tarsila se encanta com a paisagem mineira, a arquitetura colonial e a escultura de Aleijadinho e produz cerca de uma centena de desenhos, estudos e esboços – alguns dos quais posteriormente retomados em pinturas –, produção que viria a ser conhecida como âpau-brasilâ. O conjunto de telas desse período se caracteriza pelas cores ditas caipiras e pelas influências cubistas, que se manifestam na planificação espacial e na estilização geométrica das figuras humanas, dos animais e da vegetação tropical. Para Oswald, as viagens ao Rio e a Minas são igualmente proveitosas, estimulando-o a redigir o Manifesto pau-brasil, de onde deriva o termo aplicado a essa série de pinturas de Tarsila. Durante a revolução de Isidoro Dias Lopes, em São Paulo, contra o governo central da República, Tarsila e Oswald refugiam-se na Fazenda Sertão. Em setembro, ela viaja a Paris. Em dezembro, Cendrars publica Feuilles de route: I. Le Formose, livro de poemas sobre sua viagem ao Brasil, ilustrado por Tarsila. Oswald pede Tarsila em casamento.
1925 - Regressa ao Brasil em fevereiro e, ainda sob o efeito das impressões que a paisagem mineira lhe causara, produz uma série de pinturas baseadas na âpoesia popularâ – como denomina as cores e a simplicidade típicas das pequenas cidades brasileiras. O gosto pelo popular se desdobra nas pinturas religiosas e nas duas versões de A Feira (a primeira de 1924 e a segunda de 1925), assim como em Vendedor de frutas e Romance. As recordações de Minas se mesclam a outras da infância vivida no interior paulista, originando obras como Paisagem com touro I, O Mamoeiro e Pescador. Oswald retorna ao Brasil em agosto, trazendo seu livro Pau Brasil já impresso, com ilustrações de Tarsila. A partir desse ano, o casal recebe seus amigos modernistas no salão da casa da família de Tarsila, à Alameda Barão de Piracicaba, no refinado bairro dos Campos Elíseos. Oswald dedica o poema Atelier a Tarsila e Mário de Andrade escreve Tarsiwaldo, em homenagem aos dois. O casal embarca para a Europa e Tarsila leva na bagagem as pinturas para sua exposição individual, que aconteceria no ano seguinte, em Paris. Nesse ano, consegue obter a anulação de seu primeiro casamento.
1926 - Acompanhados pelos filhos e por dois casais de amigos, Tarsila e Oswald fazem um cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo. Intensas atividades sociais, de contato com artistas que conhecera por intermédio de Blaise Cendrars, assim como o preparo da exposição e compras prevendo o casamento, compõem as atividades em Paris nesse ano. Do Brasil, Cendrars envia a Tarsila os poemas que constituem o prefácio do catálogo para a exposição na Galerie Percier. Tarsila contata Pierre Legrain, artista-encadernador art déco, para a criação das molduras de seus quadros, que, por essa razão, foram denominados tableaux-objets. Na primeira individual, inaugurada em junho, são apresentadas 17 telas, sendo A Negra a única de 1923 e todas as demais já de sua fase pau-brasil, de 1924 e 1925. Desenhos e aquarelas também são mencionados no catálogo. Há grande repercussão na imprensa escrita, com resenhas em revistas de arte em Paris. O Fonds National dâArt Contemporain adquire A Cuca e, em 1928, deposita a pintura no Musée de Grenoble. Em agosto, o casal regressa ao Brasil, pouco depois de encerrada a exposição. Tarsila e Oswald casam-se em 30 de outubro. Eles passam a alternar sua vida entre a residência em São Paulo e a Fazenda Santa Teresa do Alto - Itupeva.
1927 - A artista e o marido recebem constantemente amigos em Santa Teresa do Alto e o ritmo de trabalho se reduz. Pinta algumas telas como Religião brasileira I e Manacá, que apresenta um colorido que remete à âpoesia popularâ da fase pau-brasil, ao mesmo tempo que anuncia uma monumentalidade e uma forte sensualidade nas formas dos caules e flores, típicas da série antropofágica, que se iniciaria âoficialmenteâ no ano seguinte. Oswald publica O Primeiro caderno do alumno de poesia Oswald de Andrade, reunindo poemas de sua fase pau-brasil, com capa e gravuras de Tarsila.
1928 - Em janeiro, presenteia Oswald de Andrade com a tela Abaporu, por ocasião de seu aniversário. Entusiasmado, Oswald chama Raul Bopp para ver o quadro e juntos resolvem fazer um movimento em torno da pintura: em maio, lançam a Revista de antropofagia, que inclui o Manifesto antropófago, de autoria de Oswald. Embora Abaporu seja considerada a obra inaugural do movimento antropofágico e, por isso, um marco nas artes plásticas e na literatura do modernismo brasileiro, A Negra – pintada em 1923 – já é concebida como uma imagem essencialmente alegórica, que procura representar uma âentidadeâ nacional, como diria Mário de Andrade. A antropofagia, como processo de absorção, assimilação e reproposição da cultura europeia, transformada com temas e cores locais, ocorre não apenas na série de pinturas que se segue a Abaporu, mas também em toda a produção a partir de meados de 1922. A busca de uma linguagem moderna (reelaborada a partir das vanguardas europeias), aliada à temática brasileira, já se faz presente na produção pau-brasil, na qual os ensinamentos construtivos se fundem à afetividade local. No entanto, a busca de assuntos brasileiros, iniciada em 1923, ganha outro viés a partir de Abaporu, quando Tarsila mergulha nas visões de seu inconsciente, originadas em sonhos, bem como no imaginário proveniente das histórias de assombrações, lendas e superstições ouvidas na infância. Surgem então pinturas e desenhos de paisagens habitadas por seres fantásticos e vegetação exuberante, de marcada tendência surrealista, conhecidas como âpaisagens antropofágicasâ. Entre as pinturas estão: A Lua, Distância, O Lago, O Sapo, O Sono, O Touro e Urutu. Em março, viaja à Europa e, em junho, realiza a segunda individual, na mesma Galerie Percier, em Paris, nela incluindo suas telas da fase antropofágica. 1929 Produz uma série de desenhos antropofágicos e pinturas como Sol poente, Floresta e Antropofagia. No fim dos anos 1920, a artista produz algumas telas que poderiam sinalizar novos caminhos para sua pintura, mas que, entretanto, permanecem singulares no conjunto de sua obra. Entre elas, Calmaria II e Cidade (A Rua). Paralelamente, retoma estilemas do período pau-brasil em pinturas como Idílio e Paisagem com dois porquinhos. Em julho, expõe pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel do Rio de Janeiro: 35 telas, além de desenhos realizados de 1923 a 1929. Em setembro, a exposição é apresentada em São Paulo, na Rua Barão de Itapetininga. Ao tomar conhecimento da aventura do marido com a jovem Pagu (Patrícia Galvão), Tarsila decide pela separação. Com a quebra da Bolsa de Nova York, os preços do café despencam e Tarsila perde a Fazenda Santa Teresa do Alto, que fica hipotecada até 1937. Termina o tempo do luxo, das festas e das viagens fáceis dos anos loucos da década de 1920. Júlio Prestes, governador do estado de São Paulo, adquire a pintura São Paulo, de 1924, que seria incorporada à Pinacoteca do Estado em 1931, levando para as paredes do museu os primeiros ecos da discussão sobre arte moderna.
1930 - Vendo-se em dificuldades financeiras, recorre ao amigo Júlio Prestes, que a indica como conservadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. A única tela que pinta nesse ano é Composição (Figura só), que se distingue pela desolação da paisagem, próxima da pintura metafísica. Participa de uma exposição coletiva de artistas brasileiros, organizada pelo Roerich Museum, de Nova York. Cinco pinturas de Tarsila contribuem para a decoração da Casa Modernista, projetada por Gregori Warchavchik. Participa da exposição Arte moderna da escola de Paris, organizada por Vicente do Rego Monteiro e Géo-Charles, apresentada em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Sua filha Dulce se casa. Em outubro, cai o governo de Prestes e Tarsila perde o emprego na Pinacoteca.
1931 - Vende alguns quadros de sua coleção para levantar recursos para uma viagem à União Soviética com seu novo companheiro, o psiquiatra e intelectual de esquerda Osório César. Em Paris, uma apresentação do crítico russo Serge Romoff possibilita sua viagem e uma exposição em Moscou, onde inaugura uma individual em 10 de junho no Museu de Artes Ocidentais. O museu compra a tela Pescador por 5 mil rublos. Essa quantia lhes permite viajar pela URSS antes de retornar a Paris. Registra cidades visitadas em desenhos, alguns dos quais ilustram Onde o proletariado dirige, livro de Osório César, publicado em 1933. Na capital francesa, participa das obras nas Fortifications, nos arredores de Paris, onde Sonia e Robert Delaunay constroem, com um grupo de amigos, casas para artistas. Já sem apartamento fixo, leva uma vida muito distinta daquela dos anos 1920, agora num hotel modesto. Nesse ano, pinta duas telas: Paisagem com ponte e Retrato de padre Bento, ambas sem o mesmo vigor da produção dos anos 1920. Participa do Salon des surindépendants e regressa ao Brasil no fim do ano. 1932 Tarsila é presa por cerca de um mês no Presídio do Paraíso, na capital paulista, em consequência de sua viagem à URSS e da presença em reuniões de esquerda.
1933 - Em março, vai a Montevidéu com Osório César para a reunião do Comitê Continental Antiguerreiro, onde profere a conferência âA mulher na luta contra a guerraâ. Realiza palestra sobre a arte do cartaz na União Soviética, no Clube dos Artistas Modernos, apresentando os cartazes trazidos de sua viagem. A convivência com Osório César e as experiências vividas na União Soviética estimulam uma breve fase de pinturas de motivos sociais realizadas nesse início dos anos 1930, entre as quais Operários e Segunda classe. Faz viagens frequentes ao Rio de Janeiro na tentativa de ganhar a causa da recuperação de sua fazenda. Conhece o jovem escritor Luís Martins, com quem passa a viver. Em outubro, realiza uma retrospectiva no Palace Hotel, no Rio de Janeiro.
1934 - Participa do l Salão Paulista de Belas-Artes.
1935 - Fixa-se temporariamente no Rio de Janeiro, com viagens frequentes a São Paulo. Até o fim da década, realiza cerca de dez pinturas de temas variados, como retratos de Luís Martins, Paisagem rural com duas figuras, Altar (Reza) e A Baratinha. A influência de Portinari é visível nas pinturas Trabalhadores e Maternidade I.
1936 - Inicia colaborações para o Diário de S. Paulo – eventualmente publicadas em O Jornal, do Rio de Janeiro –, abordando temas relacionados à cultura. A princípio semanais, elas se estendem até 1956, com frequência mais espaçada posteriormente.
1937 - Expõe no I Salão de Maio. Recupera a Fazenda Santa Teresa do Alto.
1938 - Alterna sua vida entre o Rio de Janeiro e a fazenda. Expõe no II Salão de Maio e ilustra o livro A Louca do Juquery, de René Thiollier, publicado pela Livraria Teixeira.
1939 - Radica-se em São Paulo com Luís Martins. Ilustra a capa da partitura Suíte infantil, de João de Souza Lima, e o livro Misticismo e loucura, de Osório César. Participa do III Salão de Maio, onde também profere a conferência âCrítica e arte modernaâ. Participa da exposição latino-americana de artes plásticas, realizada no Riverside Museum, em Nova York.
1940 - Nesse ano, Tarsila faz uma série de retratos acadêmicos copiados de fotografias para o Museu Republicano de Itu, por encomenda de seu diretor, o historiador Afonso de Taunay. Em novembro, a Revista acadêmica do Rio de Janeiro lhe dedica um número especial. Ao longo dos anos 1940, retoma o gigantismo onírico – embora com fatura gestual e colorido suave – em raras telas, como Lenhador em repouso, Terra, Primavera e Praia.
1941 - No início da década, realiza ilustrações para livros da coleção Mestres do pensamento, dirigida por José Pérez. Ilustra o livro Duas cartas no meu destino, de Sérgio Milliet, publicado pela Editora Guairá, de Curitiba. Participa do I Salão da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo.
1944 - Participa, em Belo Horizonte, da Exposição de arte moderna, marco do modernismo nas artes plásticas em Minas Gerais. Integra a coletiva de artistas brasileiros apresentada em Londres, na Royal Academy of Arts, para obtenção de renda em benefício da Royal Air Force. Participa, em São Paulo e depois no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da Exposição de pintores norte-americanos e brasileiros.
1945 - A convite de Oswald de Andrade, ilustra Poesias reunidas de O. de Andrade. Suas obras fazem parte da exposição 20 Artistas brasileños, apresentada em Montevidéu, Buenos Aires e La Plata, organizada pelo escritor Marques Rebelo.
1946 - Ilustra o livro Três romances da idade urbana, de Mário da Silva Brito, publicado pela Editora Assunção. Participa da exposição de arte brasileira organizada por Berco Udler, apresentada em Santiago e Valparaíso, no Chile, bem como da coletiva inaugural da Galeria Domus, em São Paulo.
1947- Ilustra os livros Antônio Triste, de Paulo Bonfim, e Lótus de sete pétalas, de Neyde Bonfiglioli, ambos publicados pela Livraria Martins Editora.
1949 - Beatriz, neta da artista, morre aos 15 anos, de maneira trágica. Tarsila pinta O Anjo, que seria utilizado em seguida como referência para a escultura que faz para o túmulo da neta.
1950 - Ilustra o livro Cantigas da rua escura, de Luís Martins, publicado pela Livraria Martins Editora. Durante os anos 1950, realiza pouco mais de 30 telas, na maioria paisagens rurais ou de pequenos vilarejos em estilo pau-brasil diluído. Pinta ainda vasos de flores e retratos por encomenda. Em dezembro, Sérgio Milliet a convida para realizar uma grande retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1951 - Participa como selecionada da I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Obtém um prêmio de aquisição com E.F.C.B., hoje na coleção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Separa-se de Luís Martins.
1952 - Ilustra o livro A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado pela Livraria Martins Editora. Participa da Exposição comemorativa da Semana de Arte Moderna de 1922, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1953 - Ilustra o livro Sol sem tempo, de Péricles da Silva Ramos, publicado pela Livraria Martins Editora. No fim do ano, participa da II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. O MAM-SP publica o livro Tarsila, da coleção A.B.C. – Artistas brasileiros contemporâneos, com ensaio crítico de Sérgio Milliet.
1954 - Realiza o painel Procissão sobre o cortejo do Santíssimo em São Paulo, no século 18, para a exposição de história do Brasil no Pavilhão de História do Parque do Ibirapuera por ocasião das comemorações do IV Centenário da Cidade.
1956 - A Editora Martins encomenda-lhe o painel Batizado de Macunaíma.
1957- Ilustra o livro Vozes perdidas, de José Carlos Dias, publicado pela Editora Saraiva. Participa da exposição Arte moderno en Brasil, no Museo Nacional de Bellas Artes, em Buenos Aires.
1960 - No fim do ano, participa da exposição Contribuição da mulher às artes plásticas no país, realizada no MAM-SP.
1961 - Ilustra o livro No meu tempo de mocinho, de Nelson Travassos, publicado pela Edart. Realiza exposição individual na Casa do Artista Plástico, em São Paulo. A Fazenda Santa Teresa do Alto é vendida e Tarsila instala-se definitivamente em São Paulo. 1962 Ilustra o livro Martim Cererê, de Cassiano Ricardo, publicado pela Editora Saraiva. 1963 É homenageada com sala especial na VII Bienal de São Paulo.
1964 - A XXXII Bienal de Veneza apresenta uma sala especial com suas obras.
1966 - Falece sua filha Dulce.
1969 - A exposição retrospectiva Tarsila: 50 anos de pintura, organizada por Aracy Amaral, é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e depois no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
1970 - Uma grande retrospectiva de desenhos é realizada no Museu de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte.
1971 - A Editora Cultrix publica Desenhos de Tarsila, álbum de desenhos da artista.
1973 - Falece em São Paulo, em 17 de janeiro.