Conheça o tradicional Bloco Refogado do Sandi
Refogado do Sandi: O início de uma tradição jundiaiense
Essa história começa com um “era uma vez” porque, de certa forma, é um conto de fadas, de príncipes, princesas, rainhas, piratas, marinheiros, pierrôs, colombinas e muitas alegrias...
Era uma vez um sonhador, não um sonhador como outro qualquer, mas um sonhador desses que lutam para o sonho virar realidade: Erazê Martinho.
Em 1993, Erazê, jundiaiense daqueles que enchem a “terrinha’ de orgulho, decidiu formar um bloco carnavalesco que fizesse reviver os antigos carnavais de rua. Saudosos carnavais, resgatando sua principal característica: uma festa popular.
Nas palavras de Ana Regina Borges Silva “Como deve ser um bloco de carnaval. Do povo e para o povo. Sem cordão de isolamento, sem regras, sem normas e regimentos. Alegria pura e simples”.
Erazê compartilhou essa ideia com as amigas Tutu Miranda Duarte, Carla Scarparo e Beth Giasseti que, prontamente, abraçaram e se apaixonaram por ela. Segundo Tutu Miranda Duarte, o nome do bloco foi uma homenagem “à mistura de cheiros e aromas que vinham da cozinha da Diva, nos fundos do Sandi”, bar de propriedade da Sandra e da Diva, o “Sandi”.
Erazê compôs a música, cuja letra fala sobre o Bloco Estamos na Nossa e do grupo musical Chorões do Japy.
Tutu se encarregou de confeccionar as fantasias desenhadas por Araken, resgatando famosos personagens do carnaval, como o arlequim, colombina, pierrô, a baiana e o palhaço. Quem quisesse participar do Bloco também poderia improvisar sua fantasia ou, simplesmente, acompanhá-lo do jeito que estivesse, característica que permanece até hoje.
No dia 30 de janeiro de 1994, foi publicado no Jornal de Jundiaí, a primeira notícia da história do bloco, registrando imagens no Bar do Sandi e convidando a população a participar do carnaval.
O primeiro desfile do Refogado foi no dia 11 de fevereiro de 1994.
O bloco reuniu-se em frente à Câmara Municipal, no topo do Escadão e seguiu pelas ruas Barão de Jundiaí e do Rosário. A loja “Um Mais Um” também acabou sendo “tomada” pelos foliões, que se preparavam para o desfile, conforme os registros fotográficos.
Os foliões seguiram pelas ruas do centro em uma grande festa, acompanhando a banda Sanjoanense.
Desde então, o Refogado do Sandi transformou-se em uma tradição, concentrando-se no Gabinete de Leitura Rui Barbosa e desfilando pelas ruas do centro de Jundiaí, sempre as sextas-feiras que antecedem o carnaval, às 16h.
Só não iremos terminar essa história com um “felizes para sempre” porque ela, simplesmente, não termina, mas a felicidade do Refogado se renova a cada carnaval!
Texto: Carmen Nogueira
Colaboraram com esta postagem: Tutu Adriani Miranda Duarte e Ana Regina Borges Silva.
Saiba mais em https://www.facebook.com/refogadodosandi/