O que ouvem os brasileiros?
O que ouvem os brasileiros?
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Música muito popular brasileira

Os fãs de MPB estão concentrados em cidades litorâneas, assim como os de gospel e reggae. O funk paulista domina áreas centrais das regiões Sul e Sudeste. Já o sucesso da Galinha Pintadinha é homogêneo. Afinal, que gênero merece hoje o rótulo de música popular brasileira?

A artista mais ouvida do país, a cantora sertaneja Marília Mendonça, 22, tocou 31 vezes mais que Chico Buarque, 73, nos últimos três anos.

Dividir a música em categorias é até bem simples. Gêneros como samba, rock, reggae, moda de viola ou bolero têm formatações rígidas para que ninguém confunda um pagode “batucável” numa caixa de fósforos com uma peça de jazz composta para big band de 20 instrumentos. Mas atualmente surgem artistas que desafiam essas classificações.

Nas duas últimas décadas, os gêneros começaram a ser permeáveis a apropriações de sucessos de outros. Uma gravação que pode funcionar como marco desse crossover é “Menina Veneno”, hit do cantor Ritchie na explosão do rock brasileiro em 1982 que ganhou versão de Zezé Di Camargo & Luciano em 1995. Foi tranquila a reação do público sertanejo, que sorriu e balançou os braços nos shows para saudar a pegajosa letra do “abajur cor de carne”.

Quem passou dos 40 ou dos 50 sabe que as tribos musicais já tiveram papel forte na definição social do indivíduo. Na década de 1960, por exemplo, gostar de MPB quase obrigava o sujeito a pregar contra o rock colonizado das guitarras elétricas. Ao fã de jazz era proibido apreciar o desfile de música brega no programa do Chacrinha.

Nos anos 1990, artistas classificados como “ecléticos” ajudaram a derrubar esses currais de gênero. Marisa Monte, capaz de elencar no mesmo disco a Velha Guarda da Portela e o rock dos Titãs, foi um dos exemplos mais intensos dessa miscigenação.

Hoje, esse processo desemboca num samba do crioulo doido, ou melhor, num sertanejo universitário do crioulo doido. Aí colabora bastante uma questão mercadológica de sobrevivência.

Depois de uma alternância de gêneros predominantes na música brasileira, que durante décadas levou ao topo a música pop de origem nordestina, o rock, o axé, o sertanejo, a lambada, uma nova MPB e o pagode, surgiu o chamado sertanejo universitário.

 

 

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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