Nós, seres humanos, temos condições de nos fortalecer internamente para suportarmos melhor a parte da vida que não é tão boa. Podemos optar pela forma com que vamos compreender este ou aquele problema.
Pensei em escrever um texto mais alegre, pois estamos ouvindo muita coisa ruim e a vida pode e deve ser melhor do que isso. Explico. Nós, seres humanos, temos condições de nos fortalecer internamente para suportarmos melhor a parte da vida que não é tão boa. Podemos optar pela forma com que vamos compreender este ou aquele problema.
Quando ouvimos uma notícia ruim, temos pelo menos duas saídas: 1) puxar os cabelos e chorar inconformado; 2) lamentar, chorar sim, mas continuar de pé, entendendo que cada um de nós tem que passar seu pedacinho. Não precisamos cair no buraco, quando um se abre ao nosso lado. Precisamos continuar vivendo e, de preferência, olhando para a vida sem rancor, mágoa ou outros sentimentos que aparecem na hora do aperto. Falo de coisas duras e realmente são, mas procuro indicar uma saída melhor e é essa a minha intenção: falar de coisas boas.
Uma forma de conseguir fortalecer nosso interior é quando nos permitimos calar, refletir e lembrar que vivemos em um mundo que nos possibilita ser da maneira como queremos ser. Diferente dos países que passam pelas guerras, ou pelos furacões e terremotos. Lá, as pessoas não podem ser ou ter o que gostariam. Precisam vivenciar momentos de grande sofrimento, momentos incessantes de perda e de dor, isso tirando os conflitos familiares que sempre existem e que são difíceis de engolir. Não podemos querer mais do que já temos; precisamos buscar todo o nosso potencial de crescimento para podermos chegar ao ponto mais alto e melhor de cada um de nós.
Sinto que ao procurar a alegria, encontro o oposto e me lembro da tristeza. Estamos contaminados, parece, por sensações que nos alertam. Vivemos hoje olhando para os lados, sem muita certeza do que pode acontecer. No entanto, devemos acreditar que somos protegidos pela vida, da maneira como cada um merece, se permite e acredita.
Mas e a tal alegria? Puxa, como é difícil mantê-la em pauta, viva! Sim, porque na verdade o estado de espírito é o que nos ajuda a reger nossas condutas e este estado de espírito não precisa ser “alegre” e sim tranqüilo e confiante, nem sempre alegre, mas feliz e em paz. O que não podemos é fazer ‘criação’ de queixas e maus-humores, porque isso não leva a nada, ou melhor, leva sim, a um plano de infelicidade que só atrapalha a vida. Vamos cuidar bem de nós mesmos, porque precisamos seguir em frente e aprender a conviver com a vida.
Beatriz Aratangy Berger
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