Ciúme
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Sentir ciúme pode ser considerado como -o tempero do amor-, porém essa emoção pode muitas vezes ultrapassar os limites do que é considerado normal, sendo fonte de grande sofrimento para as pessoas envolvidas.

            Sentir ciúme pode ser considerado como -o tempero do amor-, porém essa emoção pode muitas vezes ultrapassar os limites do que é considerado normal, sendo fonte de grande sofrimento para as pessoas envolvidas.

            O campo do ciúme é um terreno acidentado e instável, onde a diferenciação entre o que é real e o que é imaginário não é, frequentemente, muito simples. As dúvidas podem se transformar em idéias delirantes e a partir daí a pessoa passa a buscar a confirmação dessas dúvidas, com atitudes como telefonemas surpresa, chegar em casa sem avisar, ou no trabalho do marido, enfim, são ações pouco saudáveis e que separam o casal, pelo menos emocionalmente.

            Existem várias definições para o ciúme e aqui estão três aspectos mais importantes: 1) reação frente a uma ameaça percebida; 2) existência de um –outro-, real ou imaginário; e 3) reação que tem como objetivo eliminar o risco de perda do objeto amado.

            Apesar de o ciúme parecer uma tentativa inconsciente de preservar e proteger o sentimento –amor-, ele frequentemente dá vazão a sentimentos muito desagradáveis, como a raiva, a vergonha, o medo da perda e até reações violentas.

            Acredito que, enquanto casal, sentimos quando alguma coisa está errada, quando o companheiro está estranho, agindo de maneira diferente e muitas vezes queremos acreditar que não seja nada, apenas um momento de crise e deixamos passar. Normalmente há sim algum fator externo ameaçando essa relação e é nessa hora que precisamos enfrentar a situação para procurar resolvê-la. A tendência, muitas vezes, é negar que algo esteja errado e seguir adiante. Também não é bom negar, porque a sensação de que alguma coisa está fora do lugar, é muito ruim e nos deixa vulnerável, sem saber direito o que está acontecendo. Queremos a todo custo acreditar na pessoa amada, em sua lealdade, honestidade e por isso muitas vezes deixamos passar atitudes ou sinais que indicam que alguma coisa está errada.

            Pessoalmente, creio que para se formar um casal, é preciso que ambos queiram estar juntos com a intenção de fazer o outro feliz. Antes de um deles se envolver com outra pessoa, há sentimentos entre o casal que precisam ser conversados. Quando estamos bem, um com o outro, não precisamos de outra pessoa fora da relação. Quando não estamos, é fundamental que se converse para colocar os pontos que estão incomodando e procurar resolvê-los, antes de cair nas armadilhas da paixão. É uma armadilha sim, porque o amante é sempre alguém disponível para os bons momentos, momentos esses que não abrangem os problemas do dia a dia. Ser amante deve ser muito fácil, uma curtição, porém... uma relação sem qualidade moral. Entre os dois que formam o casal, aquele que está sendo leal e percebendo que o outro está estranho, sente muita dúvida no ar e esse sentimento é cruel. O outro que se envolveu fora da relação também não pode estar feliz sabendo que está magoando alguém. Se ele não se importa, pior, sinal de que não é digno de confiança, do amor recebido, de consideração.

            Precisamos contar com a maldade que há em certos seres humanos, que não levam em conta se vão prejudicar alguém ou não, o que importa é seu bem-estar e fim.

            Enfim, o ciúme pode ser doentio, quando irreal, mas também pode ser um sinal de alerta e uma ocasião para se rever a relação e enfrentar o que tiver que ser.

            Ser feliz deve ser a meta de cada um de nós e se para isso for preciso tomar atitudes mais dura, que seja... O que não podemos é prejudicar alguém e buscar nossa felicidade em detrimento da tristeza do outro. Sempre que prejudicamos alguém, pagamos alí na frente, em dobro, tenho certeza disso.

Beatriz Aratangy Berger

Psicóloga Clínica

 

 

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Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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