Nada é Igual Após a Perda dos Pais
Nada é Igual Após a Perda dos Pais
Nada é Igual Após a Perda dos Pais
Compartilhe:

Após a morte do meu pai, realmente parte de mim também partiu e algumas coisas, passaram a não ter mais sentido, a falta é eterna e é muito dificil acostumar com a ausência. Quando os pais morrem nada é igual novamente. Entre falar da morte dos pais e vivê-la, existe um grande abismo.

O fato é que quando você perde seus pais, aquele vazio nunca mais some! Eu vivenciei a perda dos meus avós, antes tínhamos o hábito de ir todos os domingos visitá-los e para o almoço,  sempre tinha macarrão e bife acebolado. Eram 9 filhos e todos passavam por lá aos domingos. Após a morte da minha avó, isso mudou totalmente e até os irmãos ficaram mais distantes, o elo foi quebrado, algo bem díficil.

Após a morte do meu pai, realmente parte de mim também partiu e algumas coisas, passaram a não ter mais sentido, a falta é eterna e é muito díficil acostumar com a ausência. Quando os pais morrem nada é igual novamente. Entre falar da morte dos pais e vivê-la, existe um grande abismo.

Nunca estamos plenamente preparados para enfrentar a morte, ainda mais quando se trata da morte dos pais. É uma grande adversidade que dificilmente pode ser superada totalmente. Normalmente, o máximo que se consegue é assumi-la e conviver com ela. Para superá-la, pelo menos em teoria, deveríamos entendê-la, mas a morte, no sentido estrito, é totalmente incompreensível. É um dos grandes mistérios da existência: talvez o maior.

Obviamente, a forma como assimilamos as perdas tem muito a ver com a forma como aconteceram. Uma morte das chamadas por “causas naturais” é dolorosa, mas um acidente ou um assassinato é muito mais. Se a morte tiver sido precedida por uma longa doença, a situação é muito diferente de quando acontece de forma súbita.

Também influencia o tempo entre a morte de um de outro: se houve pouco tempo, o luto será mais complexo. Se ao contrário, o lapso for mais extenso, certamente a pessoa estará um pouco melhor para aceitá-lo.

Não apenas é o corpo que se vai, e sim todo um universo. Um mundo feito de palavras, de carícias, de gestos. Inclusive, de repetidos conselhos que às vezes irritavam um pouco e de “manias” que nos faziam sorrir ou esfregar a cabeça porque os reconhecemos nelas. Agora começam a se fazer sentir ausentes de uma forma difícil de lidar.

A morte não avisa. Pode ser presumida, mas nunca anuncia exatamente quando irá chegar. Tudo se sintetiza em um instante e esse instante é categórico e determinante: irreversível. Tantas experiências vividas ao lado deles, boas e ruins, se estremecem de repente e ficam somente em lembranças. O ciclo se cumpriu e é hora de dizer adeus.

“O que está, sem estar”…

Em geral, pensamos que esse dia nunca chegará, até que chega e se faz real. Ficamos em estado de choque e vemos apenas uma caixão, com o corpo rígido e quieto, que não fala e não se move. Que está ali, sem estar ali…

Porque com a morte começam a ser compreendidos muitos aspectos da vida das pessoas falecidas. Aparece uma compreensão mais profunda. Talvez o fato de não ter as pessoas queridas presentes suscita em nós o entendimento sobre o porquê de muitas atitudes até então incompreensíveis, contraditórias ou mesmo repulsivas.

Por isso, a morte pode trazer consigo um sentimento de culpa frente a aquele que morreu. É preciso lutar contra esse sentimento, já que não acrescenta nada e afunda em mais tristeza, sem poder remediar nada. Para que se culpar se você não cometeu nenhum erro? Somos seres humanos e acompanhando essa despedida, precisa existir um perdão: do que se vai para com aquele que fica ou do que fica para com aquele que se vai.

Aproveite-os enquanto puder: não estarão aí para sempre…

Quando os pais morrem, independentemente da idade, as pessoas costumam experimentar um sentimento de abandono. É uma morte diferente das outras. Por sua vez, algumas pessoas se negam a dar a importância que o fato merece, como mecanismo de defesa, em forma de uma negação encoberta. Mas esses lutos não resolvidos retornam em forma de doença, de fadiga, de irritabilidade ou sintomas de depressão.

Os pais são o primeiro amor. Não importa quantos conflitos ou diferenças tenham existido com eles: são seres únicos e insubstituíveis no mundo emocional. Mesmo sendo autônomos e independentes, mesmo que o nosso relacionamento com eles tenha sido tortuoso. Quando já não estão, passa a existir uma sensação de “nunca mais” para uma forma de proteção e de apoio que, de uma forma ou de outra, sempre esteve ali.

De fato, aqueles que não conheceram seus pais, ou se afastaram deles muito cedo, costumam carregar essa ausência como um lastro a vida toda. Uma ausência que é presença: fica no coração um lugar que sempre lhes pertence.

De qualquer forma, uma das grandes perdas na vida é a dos pais. Pode ser difícil de superar se houve uma injustiça ou negligência no trato deles. Por isso, enquanto estiverem vivos, é importante ter consciência de que os pais não estarão ali para sempre. De que são, genética e psicologicamente, a realidade que nos deu origem. Que são únicos e que a vida mudará para sempre quando partirem.

Não podemos mais ser crianças, não nos sentiremos cobertos por seus abraços, seus beijos e suas palavras de encorajamento.

PARECE QUE A VIDA SE TORNA MAIS DIFÍCIL, PORQUE SEU ABRIGO NÃO ESTÁ MAIS AO SEU LADO.

Quando os pais não estão mais conosco, ficamos órfãos, e isso é difícil, não importa quantos anos você tenha.

Mesmo que você tenha sua família criada, a figura de seus pais está sempre ao seu lado, ou pelo menos, você os tem presentes.

Todas as pessoas, mesmo sendo adultos, têm aquela criança viva dentro de si, que quer ser protegida o tempo todo por seus pais.

Entregue-se ao amor incondicional deles sempre que necessário, mas quando eles partirem, essa opção não será mais possível.

Assim como disse Chico Xavier:

“Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós
na infância.”

Mas quando nos é retirada a oportunidade de tê-los por perto, nada mais é igual.

Se você perdeu seus pais e sente que a sua vida não faz mais sentido, ore. A sua oração sempre será ouvida e sentida por eles.

Aproveite esse momento para orar e enviar o seu amor a eles:

Oração do amparo (Emmanuel)

Senhor Jesus,

Agradeço-te o amparo de todos os dias.

Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração.

Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.

Em muitas ocasiões, nos dirigimos a tua infinita bondade, sem saber o que desejamos.

Não nos deixes assim, em nossas próprias fraquezas!

Nos dias de sombra, seja nossa luz!

Nas horas de incerteza, seja nosso apoio e segurança!

Mestre divino! Guia-nos o passo no caminho reto.

Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.

Fortalece-nos a vigilância, para que não venhamos a cair.

Dá-nos a coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.

Divino amigo! Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem.

Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e sempre.

Assim seja.

Emmanuel/Chico Xavier

Respeitar nosso ritmo para curar uma perda

Cada pessoa lida com a perda de uma forma diferente, de acordo com o seu próprio ritmo e sua maneira particular. A negação faz parte desse processo e serve para nos proteger daquilo que não estamos preparados para enfrentar.

Muitas pessoas acreditam que são frias e não entendem porque não percebem seus sentimentos frente a grandes perdas. Essas emoções e sentimentos acabam guardados já que envolvem muita dor, e aparecem quando estamos preparados para poder suportá-los e encará-los de frente. Podem inclusive passar anos.

 

A dor sempre é pessoal

Ninguém pode nos dizer como curar uma perda que vivenciamos. Por mais que tentemos buscar as respostas em outras pessoas, o processo de como curar nossa perda está apenas em nós mesmos.

esse processo requer o nosso próprio tempo, nunca é muito lento ou muito rápido; enquanto estivermos avançando em nossas vidas e não ficarmos estancados, estaremos então curando nossa ferida

O caminho para sair da dor é através da própria dor

Esse é um caminho imprescindível para curar uma perda; não podemos evitar a dor e as emoções que essa perda nos gera. Quando já estivermos preparados para enfrentá-la, sentiremos a dor correspondente, e ao tentar evitar esses sentimentos só nos afogamos ainda mais no sofrimento.

Não podemos nos proteger das novas perdas

Assumir que no nosso mundo as perdas são necessárias é uma das aprendizagens que as nossas próprias perdas nos dão. Quando tentamos nos proteger de novas perdas, estamos afundando nelas, e estamos provocando isso de uma maneira inconsciente.

Por termos sofrido perdas e passado por processos muito difíceis podemos querer nos proteger disso tudo. Protegendo-nos, criando um escudo para evitar o sofrimento que passamos anteriormente. No entanto, isso não é possível, já que nos distanciarmos do que não queremos perder é uma perda em si mesmo.

O amor que demos e sentimos nunca se perde

O que realmente importa não se perde, levamos sempre conosco, vivemos e sentimos isso; o amor nos transformou e nos fez ser quem somos hoje. É por isso que não faz sentido tentar evitar qualquer experiência por medo da perda. Porque a única coisa que levamos conosco é o que sentimos.

Deixe seu Comentário

Treine Sua Mente

Como Treinar sua Mente e suas Emoções

Treinamento para você adquirir Confiança, Controlar a Ansiedade, o Estresse e as Emoções. SAIBA MAIS

Reservado para Sua Empresa

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

Você Pode Gostar: