O bairro do Quilombo foi importante centro de comércio, consta que esse nome teve origem de uma colônia de escravos que, fugidos das grandes fazendas da região de Campinas, ali se esconderam
Foto: Elisângela Salles - Ano 2009 - um dos primeiros armazéns do bairro do Quilombo. Dizem os "antigos" que os escravos dormiam no subsolo deste armazém.
O bairro do Quilombo foi importante centro de comércio, consta que esse nome teve origem de uma colônia de escravos que, fugidos das grandes fazendas da região de Campinas, ali se esconderam. Depois da construção da estrada de ferro, o bairro teve acentuado progresso, pois ali era embarcado o café proveniente das fazendas.
O antigo prédio da estação ferroviária abriga hoje uma escola primária, pois, desde a extinção da ferroavia, a prefeitura adquiriu os prédios da ex-Sorocabana. Já o grande armazém da ferrovia, hoje, está abandonado permanecendo como testemunha da época do café, quando o bairro viveu diaas de grande movimento.
A gruta que existe no Quilombo atrai muitos curiosos e fiéis, que levam velas e oferendas, valendo a pena a visitação pela beleza do lugar.
"O Quilombo era um lugar onde se escondiam os escravos Maltradados, eles se refugiavam naquele local, onde havia muitas frutas. Em determinada época, precisou até a ajuda do Exército paraa tirar os negro de lá. No Quilombo, antes conhecido por Quilombinho, foi construída uma gruta pelos negros, com uma imagem que até hoje está por lá. Mais acima, onde se reuniam os negros fugitivos, eraconhecido como Quilombo grande. Neste local existiam troncos onde os escravos eram amarrados e açoitados. A fazenda era da família Ferreira.
Eu mesmo conheci negras que me contaram que, quando nasciam as crianças, o patrão chegava e perguntava se era homem ou mulher. Se fosse menina, mandava jogar no tanque do Quilombo Grande, para os peixes comerem, pois não interessava como mão-de-obra. E as mães se desesperavam. Esse tanque até hoje existe e é o mesmo do tempo do cativeiro. Quem contou esse caso diversas vezes foi Domingão Cordeiro e sua esposa, ambos já falecidos." (Reinaldo Feroldi)
Foto: Elisangela Salles
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Refúgios no Interior SP
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