Conheça Distrito Bairro do Jacaré em Cabreúva - Interior de SP
Conheça Distrito Bairro do Jacaré em Cabreúva - Interior de SP
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Hoje conheceremos um pouco mais sobre o Distrito Bairro do Jacaré em Cabreúva. Ladeada pela Serra do Japi, uma pequena cadeia montanhosa com 354 quilômetros quadrados de área e altitude máxima de 1.260 metros.

Hoje conheceremos um pouco mais sobre o Distrito Bairro do Jacaré em Cabreúva. Ladeada pela Serra do Japi, uma pequena cadeia montanhosa com 354 quilômetros quadrados de área e altitude máxima de 1.260 metros.

A saída 59 A, na Rodovia dos Bandeirantes, conduz à Rodovia Dom Gabriel Paulino Couto, que sentido a Itu comporta importantes indústrias, condomínios residências e centros comerciais, ainda no município de Itupeva. 18 km à frente, a meio caminho de Itu, encontra-se o bairro de Jacaré, por onde se dá o acesso também a Cabreúva.

Primeiramente vamos conhecer um pouquinho de Cabreúva que foi fundada em princípios do século XVIII por um membro da família Martins e Ramos, do Município de Itu, o qual, à procura de um lugar para instalar-se, subiu explorando a margem direita do Rio Tietê até encontrar um vale encravado entre cinco grandes serras - que mais tarde seriam denominadas "Japi", "Guaxatuba", "Guaxinduva", "Cristais" e "Taguá", onde, constatando o clima ameno, a fertilidade do solo e a abundância de água existentes, estabeleceu-se. 

Senhor de muitos escravos e dono de grande fortuna, Martins,  acompanhado pela família, ocupou a terra e dedicou-se a cultivar cana-de-açúcar para a fabricação de aguardente, dando início à instalação de engenhos que se tornariam a maior força econômica da localidade durante décadas;  produzindo uma cachaça que ganhou notoriedade e tornou-se famosa muito além de suas fronteiras, dando à cidade o popular slogan de "Terra da Pinga".     

Aproximadamente um século após a fundação, uma família de lavradores doou o terreno para a construção de uma capela, que foi erguida sob a invocação de São Benedito, mas a mesma,  poucos anos depois, em virtude da precariedade da construção, desmoronou ante a força de um grande temporal. No mesmo local, passados alguns meses, foi erigida, por um fazendeiro,  uma nova capela, até que, em 1856, com recursos levantados pela comunidade, ergueu-se a Matriz atual, em homenagem à Nossa Senhora da Piedade, Padroeira do Município, que é homenageada em 15 de setembro.

Origem do Nome Cabreúva (Árvore da Coruja)

O nome do Município é originário da árvore Cabreúva do tipo pardo (Myrocarpus Frondosus, da família Leguminosae-Papilionoideae) conhecida pelos índios como "Kaburé-Iwa" (Árvore da Coruja).

Venho acompanhando o crescimento da região durante os últimos anos e o Jacaré vem se destacando em números de empreendimentos imobiliários, comércios e população, acredito que hoje o Distrito Bairro Jacaré tenha até mais infraestrutura que o Centro Cabreúva. 

A História do Bairro Jacaré - Cabreúva:

Essa história quem conta é Nilton Cesar Andrade dos Santos e achei muito interessante e resolvi compartilhar com vocês. 
 
Jacaré Nasceu em 1785. O núcleo do Centro Histórico de Cabreúva existiria somente no final do Século XVIII, nos anos 1800. E a Família Bertagni, pioneira do atual Distrito do Jacaré, ali se instalaria somente nos anos 1900.
 
Bem antes, nos anos de 1700, a Serra do Japi dividia dois “corredores”: Um deles era a Villa de Sant´Ana de Parnaíba, que seguia para o Oeste, em direção à sua filha - Villa de Ytu, e passava antes por sua futura neta, a Villa de Cabreúva. Outro corredor partia da outra avó cabreuvana, a Villa de Jundiahy, e cujo corredor seguia ao Norte, para Campinas e à região Mogiana. Assim, onde hoje estão os Distritos do Jacaré e Bonfim do Bom Jesus e ainda os bairros Caí e Pinhal, todos na bacia do ribeirão Piraí, eram terras jundiaienses e não ituanas. E por esses dois corredores vertiam exploradores e colonizadores rumo às terras do Mato Grosso e de Goiás.
 
Destaque especial merece a região do sopé da Serra do Japi, desde o atual bairro jundiaiense do Medeiros e que se estende até as Fazendas São Francisco, Cachoeira e Caracol, e aos bairros e loteamentos cabreuvanos do Cururu, Villarejo Sopé da Serra, Bonfim. Em todos eles há relatos de que até recentemente, nos anos 1950, havia fauna e flora “DE SERTÃO” e que eram denominadas por costumes de “campo realengo”, verdadeira farmácia natural de frutos, folhas e raízes explorada por raizeiros e caboclos de cura.
 
A paisagem geral fazia lembrar o cerrado, do qual hoje ainda restam, por exemplo, nas proximidades das atuais ruas Rodésia, Ottília Iansen Castaldi e Marrocos, no Villarejo. Ali há árvores de cambarás, samambaiões e outras dessas vegetações característicos. Numa das esquinas da rua Joinville, no Jacaré, há um lote com algumas árvores assim 
 
- 1785: A PRIMEIRA CITAÇÃO DO NOME LOCAL “JACARÉ”! –
Na língua Tupi, "YACARÉ" significa "aquele que olha de lado, aquele que é torto". De fato, se observarmos os hábitos deses répteis, teremos a impressão desse olhar enviezado, ou como os caboclos dizem, “meio de banda” (...)
 
E foi no ano 1785 que ocorreu o 1º registro das terras dos “CAMPOS DO JACARÉ” e que ainda formariam o Município de Cabreúva qual o território que temos hoje. Muito certamente não haveriam moradores nessa região. A rodovia Marechal Rondon, cujo trecho entre as atuais Jundiaí e Itu, passando no Km. 79 por Cabreúva no Distrito do Jacaré, era um sonho que ocorreria somente nos anos 1951.
 
Nos tempos atuais, porém, qual todos Municípios, também no de Cabreúva há muitas lendas e folclores. Cresci sempre ouvindo estórias. Ao menos uma história era real, a do “JACARÉ EMPALHADO QUE HAVIA NO POSTO DE GASOLINA”. Cheguei a vê-lo ao vivo (ou morto?) e em cores muitas vezes quando meu pai abasteceu veículos naquele Posto (ver foto abaixo; créditos de Vicente Leo) nos anos 1970. Também a fantasia popular explorou que o “QUEROSENE JACARÉ” era a possível origem. Ou ainda “UM TAL TANQUE QUE HAVIA JACARÉS”. Todas versões são interessantes, mas a verdadeira foi registrada, no ano de 1785 quando não havia posto nem querosene. Talvez houvesse o tanque, mas isso ninguém registrou.
 
O Sr. BERNARDO BICUDO CHASSIM era dono de uma sesmaria da Villa de Jundiahy. E há registro no “LIVRO DE SESMARIAS” Nº 22, Folha 90, com data de 20 de Janeiro de 1785, ocasião em que tal proprietário vendeu ao ituano IGNÁCIO FERRAZ LEITE uma parte das terras, conforme se lê: “ UMA LÉGUA DE TERRAS DE TESTADA E DUAS DE SERTÃO, NA PARAGEM CHAMADA JACARÉ, COMPRADA DE BERNARDO BICUDO CHASSIM, TERRAS INÚTEIS E QUE QUERIA OUTRAS TERRAS DEVOLUTAS, QUE SE ACHAM CONTÍGUAS”. Desse registro, histórico, certamente proliferou por usos e costumes a denominação “JACARÉ”.
 
NOTA 1) Reconheço que é um desafio registrar a História, com a maior fidelidade e isenção possíveis. Só assim será História. O texto produzido acima só foi possível após entender, com profundidade as pesquisas do Amigo dr. Otoni;cf. cita sua magnífica obra literária [Otoni Rodrigues da Silveira, “Cabreúva – História e Contexto” – Ottoni Editora, 2015 (ISBN 978-85-7464-786-9) – Vols. I e II]. Sincero obrigado em nome do Grupo por multiplicar esse conhecimento de um dos bairros mais conhecidos e respeitados do Município.
 
NOTA 2) A foto escolhida – do POSTO JACARÉ – é relativamente recente, de poucas décadas. Mas faz lembrar os primeiros anos da Marechal Rondon, que se tornaria Don Gabriel Paulino Bueno Couto. No meu entendimento traduz muito da pujança econômica que o Distrito Jacaré hoje representa.
 
NOTA 3) O Amigo Hilario Bandechi registra que "quando se ouve relatos citando: "CAMPOS DO JACARÉ", pode-se sugerir que este nome possa vir de terreno plano onde as árvores predominante era o jacaré (pau-jacaré - Piptadenia gonoacantha), uma árvore parecida com o cambará, e de cascas grossas. Vale a hipótese, vez que essa espécie também predominou na região e , lá atrás, antes de 1785 talvez tenha inspirado o nome.
 
nota 4) O Amigo Cesar Lopes, certamente um dos maiores conhecedores do território Municipal, e muito especialmente do Pinhal e do Jacaré, numa prosa rápida informou que "os fazendeiros e sitiantes dos distritos Bonfim, Jacaré, Pinhal e ainda do histórico Caí - desde o tempo que este era "Cahy" - conheciam TODO o Município, pois dependiam muito do então único centro administrativo onde se concentrava toda infraestrurura urbana da época. O contrário nem sempre era válido". Com isso, muitas histórias PODE E DEVEM ser resgatadas de TODO MUNICÍPIO com os ainda longevos cabreuvanos remanescentes que viveram nessa então área rural nos meados do século passado. Desde já o Grupo agradece registros, fotos e causos desses arquivos que viram as cores, os cheiros e a Vida daquele tempo. Obrigado pela dica Cesar!
 
Fonte e Foto: NILTÃO é Jornalista MTB n. 42864/SP. Registra fatos de suas pesquisas e reminiscências pessoais, muitas delas vividas por sua mãe, a cabreuvana d. ZULMIRA VENÂNCIO.

Onde morar em Cabreúva - Jacaré

A cidade de Cabreúva possui diversos empreendimentos imobiliários, inclusive condomínios de luxo, como Portal Japy Golf Club, também os mais tradicionais como o Portal da Concórdia. O fato é que vem atraído cada dia mais pessoas que estão buscando qualidade de vida e desejam morar ou ter uma casa de veraneio no interior de SP, próximo da Capital. 
 

Condomínios e Loteamentos Fechados em Cabreúva:

  1.  Residencial Phytus
  2. Haras Pindorama
  3. Quinta do Japi
  4. Villagio Azzure
  5. Quinta do Pinhal
  6. Condomínio Girassóis
  7. Portal da Concórdia
  8. Portal Japy Golf Club
  9. Residencial Vila Verde
  10. Reserva Portal Japy
A região do Vilarejo no Jacaré cresceu muito rápido e teve um boom, onde possui grande concentração de pessoas. 
 

Elis Salles - Jundiaí - Itupeva
A palavra que me representa bem é empreendedora, atualmente estou administrando o Espaço Comercial Villa Medeiros com Salas Comerciais e Coworking e investindo no Refúgios no Interior de SP. Algumas atividades agregam minha trajetória profissional como empresária no mercado imobiliário durante 15 anos (2005-2020), Corretora de Imóveis (Creci f-68203), Avaliadora de Imóveis (Cnai 22634), escritora e consultora imobiliária.

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